Filha avisou indiciado pela PF que tomaria vacina: “Não falsifica pvf”

A Polícia Federal (PF) teve acesso a um diálogo onde Isabela Albengo de Sá Pacheco Brecha pede ao pai, João Carlos de Sousa Brecha, então secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), para não falsificar os dados a respeito da sua segunda dose da vacina contra a Covid-19.

Brecha faz parte dos indiciados pela PF no inquérito que investiga fraudes em cartões de vacinação, com a inserção de dados falsos sobre a imunização contra o coronavírus.

Na conversa, Isabela diz: “Eu vou tomar a vacina do covid segunda dose segunda não falsifica pfv [sic]”. Em resposta, o secretário municipal escreveu: “Ta bom meu amor. Vc é mto corajosa [sic]”.

Confira o bate-papo entre pai e filha:

Imagem colorida de diálogo sobre fraude de cartão de vacina entre onde Isabela Albengo de Sá Pacheco Brecha pede ao pai, João Carlos de Sousa Brecha - Metrópoles

Os indiciados pela PF

Além de Brecha, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid e outras 14 pessoas foram acusadas pela corporação. Assim, a Polícia Federal acredita ter provas suficientes para indiciar o grupo no inquérito que investiga as fraudes nos sistemas do Ministério da Saúde.

Agora, esse processo será analisado Ministério Público Federal (MPF), que decide se apresenta a denúncia à Justiça ou se arquiva o caso.

De acordo com o relatório da PF, o modus operandi da fraude dos documentos nos sistemas do Ministério da Saúde ocorreram da seguinte forma: Cid enviava o pedido de inserção dos dados falsos a Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército, que encaminhava as informações ao secretário municipal de Duque de Caxias, que realizava as inserções dos dados fraudados no Sistema SI-PNI.

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