ICMBio resgata filhotes de quati desidratados no Parque Nacional

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) resgatou quatro filhotes de quati no Parque Nacional. Os animais foram achados durante um serviço de poda preventiva, realizado na região no período de início das chuvas.

Com sinais de desidratação e hipotermia, os pequenos foram levados ao Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus), onde agora recebem o devido tratamento e uma dieta especial preparada por um zootecnista.

O peso e progresso diário dos filhotes são monitorados pela equipe. Thiago Marques, o biólogo responsável pelo manejo dos animais na instituição, explica que os bichos receberam cuidados neonatais e antibióticos e, agora, estão melhores.

“Toda a equipe cuida deles 24h por dia, e os filhotes comem a cada três horas. Eles estão bonitinhos, crescendo bem, e ontem foi o primeiro dia em que dois deles já consumiram o alimento sólido, o que é muito bom. O próximo passo é acompanhar o desenvolvimento e assim que eles começarem a se alimentar sozinhos e sem o auxílio de mamadeira ou seringa, serão encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde será definida a destinação deles”, detalha o biólogo.

13 imagens

1 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

2 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

3 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

4 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

5 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

6 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

7 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

8 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

9 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

10 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

11 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

12 de 13

Matheus H. Souza/Agência Brasília

13 de 13

Chuvas e reprodução

A chegada das chuvas coincide com o período de reprodução dos animais, especialmente no Cerrado. Por isso, a unidade recebe muitos filhotes vítimas de abandono ou separação da família durante a migração – que é impactada pelo aumento das áreas degradadas.

A unidade chegou a receber 316 saruês, 146 periquitos-de-encontro-amarelo e 20 papagaios entre setembro e outubro deste ano. Thiago explica que “é normal cair um filhote da árvore nas casas – muitos ninhos estão nos telhados -, ou algum animal se movimentar da toca e parar nas residências.”

O profissional ainda lembra que os saruês aind asofrem muito preconceito e muitas vezes chegam ao hspital com machucados como pisões  e ferimentos por cabo de vassoura. “A gente sempre destaca que nesse período as pessoas têm que ter um pouco mais de carinho com esses animais. Infelizmente alguns não sobrevivem porque chegam em uma condição que a gente não consegue reverter”. Ele ressalta, ainda, que os saruês são predadores naturais e ajudam a evitar algumas pragas e animais perigosos como os escorpiões.

“A chegada das chuvas é a época de reprodução de muitas espécies, então a natureza tem essa forma de equilibrar. Se os escorpiões, baratas e insetos estão se multiplicando, é porque coincide com o aumento dos mamíferos que se alimentam desses animais. E, se a gente tira o predador, a presa se torna um problema para a gente.”

Os profissionais do hospital veterinário alertam que os animais da fauna silvestre não devem ser tratados por civis. O ideal é sempre observar se o animal está em uma condição ruim e acionar os órgãos públicos ambientais, que atuam na linha de frente com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA), por meio do telefone 190, ou o Corpo de Bombeiros Militar do DF pelo telefone 193.

Informações da Agência Brasília

Adicionar aos favoritos o Link permanente.