Cientistas identificam momento perfeito para fazer cirurgia após infarto

Após um infarto, o risco de se ter complicações fatais em uma cirurgia dobra ou até triplica. Por isso, uma equipe da University of Rochester (EUA) resolveu entender qual seria o momento mais seguro para fazer um procedimento cirúrgico. Foi descoberto que adiar de três a seis meses reduz os riscos.

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O estudo tem como base o banco de dados do Medicare, com 5,2 milhões de cirurgias de 2017 a 2020 para pacientes com 67 anos ou mais. Com essa descoberta, os autores querem que a American Heart Association mude as diretrizes sobre o tempo de espera para fazer uma cirurgia após um infarto

Isso porque as diretrizes atuais foram estabelecidas em 2014, e recomendam esperar apenas 60 dias para fazer uma cirurgia que não seja no coração. Só que essa decisão foi tomada tendo em mente dados de 1999 a 2004.


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“Os dados que os médicos estão usando para decisões de cuidados com os pacientes hoje estão desatualizados. Considerando os avanços no cuidado e a mistura de pacientes em constante mudança, os médicos precisam das informações mais recentes”, diz o principal autor, Laurent Glance, em comunicado da universidade.

Riscos em cirurgia após infarto

O trabalho menciona que a maioria das mortes pós-cirúrgicas ou complicações significativas ocorrem durante os primeiros 30 dias de recuperação, por isso é tão importante chegar a esse “momento perfeito” para fazer um procedimento.

A nova análise registrou um declínio no risco durante os primeiros 90 dias, mas a situação só ficou definitivamente segura nos 180 dias seguintes ao infarto.

Ao ter um infarto, é necessário esperar de três a seis meses para fazer uma cirurgia não-cardíaca (Imagem: Freepik)

Mas é uma questão muito delicada, uma vez que pacientes idosos geralmente apresentam múltiplas condições agudas ou crônicas, e os médicos enfrentam o desafio de equilibrar o risco de tratamento cirúrgico com suas expectativas de qualidade de vida.

“As equipes perioperatórias analisam uma variedade de fatores de saúde e estilo de vida quando avaliamos o risco de um paciente e trabalhamos para otimizar seus resultados. Pode ser frustrante para indivíduos que sofrem de dores nas articulações adiar uma tão esperada substituição de joelho ou quadril depois de sobreviver a um infato”, diz a coautora, Marjorie Gloff.

Como prevenir o infarto?

Entre os hábitos que ajudam a evitar doenças cardíacas, podemos destacar: alimentação saudável, uma boa higiene do sono e atividades físicas.  

É importante ficar atento a esses hábitos, principalmente levando em consideração que as internações por infarto agudo do miocárdio aumentaram 158% no Brasil.

 

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