União fecha com Motta, mas Elmar pede tempo para anunciar desistência

Após ser rifado pela cúpula do União Brasil, o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), pediu à direção da legenda um tempo para anunciar sua desistência na disputa pelo comando da Casa.

Em reunião na manhã desta quinta-feira (31/10) na sede da legenda, Elmar pediu que os caciques da sigla esperem até a próxima semana para ele oficializar a desistência e anunciar apoio ao colega Hugo Motta (Republicanos-PB).

Em entrevista à imprensa após o encontro, o deputado baiano afirmou que sua candidatura não pertence só a ele e ressaltou que não teve tempo de se reunir com os partidos que tinham declarado apoio a ele até então.

Elmar ressaltou que pretende se reunir com o próprio Hugo Motta novamente e com o deputado Antonio Brito (PSD-BA), que também é candidato na disputa, antes de oficializar sua decisão.

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União Brasil é o partido de Elmar Nascimento

Presidente do União Brasil, Antônio Rueda, fez reunião nesta quarta
Elmar Nascimento é o ex-favorito de Lira para o cargo
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União Brasil quer fechar apoio a Hugo Motta

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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União Brasil é o partido de Elmar Nascimento

Michel Jesus/Câmara dos Deputados

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Presidente do União Brasil, Antônio Rueda, fez reunião nesta quarta

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Elmar Nascimento é o ex-favorito de Lira para o cargo

Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

Embora Elmar tenha pedido um tempo, dirigentes do União Brasil informaram à coluna que o acordo do partido com Hugo Motta já está selado e será anunciado na próxima semana.

Segundo lideranças da sigla, Elmar pediu um tempo para anunciar sua desistência apenas para “não sair desmoralizado” da disputa, no que foi atendido pelos correligionários.

O que o União Brasil deve levar

Em troca do apoio ao candidato do Republicanos, o União Brasil deve ficar com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara, e com a segunda vice-presidência da Casa.

O partido também negocia com o Palácio do Planalto a nomeação de Elmar para um ministério no governo Lula. O deputado baiano mira o Ministério da Integração Nacional, que já é da cota do União Brasil.

Para isso, no entanto, Elmar terá de negociar com Davi Alcolumbre (União-AP). O senador é padrinho da indicação do atual ministro da pasta, o ex-governador do Amapá Waldez Goes, que está licenciado do PDT.

O que pesou na decisão do União Brasil

Como noticiou a coluna, a cúpula do União Brasil decidiu ainda na terça-feira (29/10) rifar Elmar e apoiar Motta. Na manhã da quarta-feira (30/10), eles se reuniram com o candidato do Republicanos para comunicar a decisão.

No mesmo dia, os caciques do partido almoçaram com Elmar e avisar ao líder do partido sobre a decisão. Inicialmente, o deputado baiano resistiu, mas depois viu que estava sem saída.

Segundo caciques do União, pesou na decisão de rifar Elmar o amplo apoio angariado por Motta na últimas horas. O cenário tornaria a candidatura do deputado baiano inviável e deixaria o partido sem espaços na Câmara.

Diante desse diagnóstico, o União resolveu se antecipar ao PSD, que também tem um candidato na disputa da Câmara, e selar o apoio a Motta para garantir uma recompensa melhor na divisão dos espaços.

União Brasil e PSD tem bancadas com tamanhos relativamente parecidos. O primeiro partido tem 59 deputados federais. Já a legenda presidida por Gilberto Kassab tem 45 parlamentares na Câmara.

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