Como funciona a apuração das eleições nos EUA

Com o fechamento das primeiras urnas nos Estados Unidos, às 21h (horário de Brasília) desta terça-feira (5/11), o país começa o processo de apuração das eleições que vão definir o novo presidente norte-americano.

Diferentemente do Brasil, os EUA não possuem um órgão centralizador das eleições, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nem um sistema nacional de apuração de votos. No país, os 50 estados norte-americanos têm liberdade para definir os parâmetros do pleito, o que influência diretamente na contagem de votos e divulgação dos resultados.

Em algumas regiões, os norte-americanos votaram por meio de cédulas de papel. Já em outros, algum tipo de tecnologia, como urnas eletrônicas e dispositivos de marcação de cédulas, foram empregadas durante a votação.

Além da forma de votar, o horário de fechamento das urnas também varia em cada estado. As últimas urnas devem ser fechadas por volta das 3h (horário de Brasília), quando o processo de apuração é iniciado. Cada estado também possuí seus próprios métodos de checagem de votos.

Outro fator que pode levantar indefinições sobre quando o resultado do pleito será divulgado são os pedidos de recontagem de votos, permitido em algumas regiões.

Após cada estado apurar e divulgar os números do pleito, a imprensa norte-americana começa a unir os dados e divulgar projeções de quem deve vencer a disputa, com base no número de delegados conquistados.

Colégio Eleitoral

Cada estado tem até 11 de dezembro para finalizar o processo de apuração e divulgar o resultado das urnas, que serão refletidos pelos 538 delegados que compõem o Colégio Eleitoral dos EUA.

O número de delegados em cada região varia de acordo com a população e número de assentos no Congresso. São eles que definirão, no próximo dia 17 de dezembro, o novo presidente do país.

Ao todo, um candidato precisa conquistar no mínimo 270 dos 538 delegados para ser eleito.

Os votos de delegados vão para o candidato que que ganhou na votação popular. Isso acontece em 48 estados do país, com exceção de Maine e Nebraska, onde existe a possibilidade de os votos irem para quem não venceu na região.

Em 5 de janeiro, os votos do colegiado são contados pelo Congresso dos EUA, que oficializa o nome do novo presidente do país.

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