O musical sobre os irmãos Timótheo, pintores negros pré-modernistas

Um musical com estreia prevista para 2025 vai contar a história dos irmãos Arthur e João Timótheo da Costa, dois pintores negros pré-modernistas de grande sucesso no início do século XX.

O espetáculo é idealizado e será dirigido por Luiz Antonio Pilar, que se dedica a produções voltadas à contribuição afro-brasileira ao país.

Pilar venceu o prêmio Shell de melhor direção em 2024 com o musical “Leci Brandão — na palma da mão” e, como mostrou a coluna, prepara um musical sobre Ruth de Souza (1921-2019) e Léa Garcia (1933-2023), duas das mais proeminentes atrizes negras da história da dramaturgia brasileira.

O espetáculo sobre os irmãos Timótheo, figuras pouco conhecidas do grande público apesar da volumosa obra que deixaram, tem previsão de estreia no Rio de Janeiro em julho de 2025, para uma temporada de quatro meses.

Arthur Timótheo da Costa morreu em 1922, aos 40 anos, e João, em 1932, aos 53 anos. Os dois foram vítimas de demência paralítica e morreram no Hospital de Alienados, manicômio no Rio de Janeiro.

A história do musical começa no momento em que João está internado no hospital, onde delira e conversa com o irmão, morto dez anos antes. As trajetórias dos dois irmãos, com temperamentos distintos, são construídas a partir memórias de João.

 

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