Câmara vota processo que pode cassar coordenador de campanha de Boulos

São Paulo — A Câmara Municipal de São Paulo vota nesta quarta-feira (6/11) se irá acolher o processo de cassação do mandato do vereador Toninho Vespoli (Psol) por propaganda eleitoral antecipada e improbidade administrativa.

A votação estava prevista para acontecer nesta terça-feira (5/11) mas foi adiada devido ao falecimento da Procuradora Geral do Município, Marina Magro Beringhs Martinez.

A possibilidade de cassação de Vespoli veio à tona devido à publicação de uma entrevista de Guilherme Boulos (PSol), então pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, na Revista da Gente, que é paga com verba do gabinete. Vespoli foi coordenador de campanha de Boulos.

O material  tinha menções do apoio a Bolos e foi distribuído antes do período eleitoral junto com um folheto e adesivos a favor do candidato. O caso foi levado à Justiça Eleitoral, que condenou o vereador a pagar R$ 5 mil pela ausência de informações sobre a tiragem da revista, sem que fosse questionado o conteúdo.

Na última quinta-feira (31/11), a Corregedoria da Câmara Municipal aprovou o relatório do vereador Marlon Luz (MDB) pedindo a cassação de Vespoli. O passo seguinte é a votação desta quarta-feira, que precisa de 28 votos favoráveis para que haja prosseguimento no processo. Depois disso, serão necessários 37 votos a favor para que seja aprovada a cassação em si.

Em nota ao Metrópoles, Vespoli argumenta que a Revista Gente é um material de divulgação do mandato e que a Justiça Eleitoral o reconheceu como tal. Por essa razão, o vereador diz que o processo foi movido por perseguição política e que se trata de uma retaliação por sua participação na campanha de Bolos e oposição ao candidato eleito, Ricardo Nunes (MDB).

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