Coach dos bitcoins preso é suspeito de golpe de R$ 260 milhões

São Paulo — Preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (7/11), o empresário Rodrigo dos Reis é suspeito de sumir com R$ 260 milhões de mais de 10 mil investidores. Dono de uma corretora de bitcoins, ele foi localizado por investigadores no interior de São Paulo no âmbito da Operação Profeta.

Segundo a PF, as investigações se iniciaram após vítimas denunciarem que Reis e a cúpula de suas empresas se apropriaram dos valores aplicados por eles.

O empresário e familiares estão sob suspeita de enviar o dinheiro para o exterior sem o conhecimento das vítimas. Os valores foram enviados ao exterior por meio de corretoras de criptomoedas, segundo a Polícia Federal.

Reis era influencer e vendia mentorias e cursos de investimentos nas redes sociais. Chegou a ter mais de R$ 100 mil seguidores. Além de bitcoins, ele vendia Forex, um ativo baseado em moedas estrangeiras.

A Operação foi batizada de “Profeta” porque Reis usava a religião para atrair seguidores e investidores.

Segundo relatos de testemunhas, quem investiu nas empresas de Reis, como a RR Consultoria, recebeu retornos nos primeiros meses. Depois, não viu mais a cor do dinheiro. Desde 2022, pessoas que investiram na empresa de criptomoedas de Reis tentam reaver o dinheiro.

Em depoimento, consultores que trabalhavam para ele disseram que o próprio empresário dizia operar com Forex porque “não era regulado no Brasil”.

Esses consultores, todos próximos de Reis e sua família, disseram em depoimento que ele alegava que o dinheiro de investidores estava bloqueado em uma corretora de bitcoins quando o negócio desandou.

A investigação foi conduzida pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. Reis se apresentava como um expert nesse mercado para captar investidores. Ele usava a RR Consultoria para captar recursos para a corretora de bitoins, a Bitcluster. Esta última empresa, segundo a investigação, recebeu R$ 16 milhões.

Ativo nas redes sociais na época de bonança, Reis submergiu e não voltou a fazer publicações. Suas empresas também tiveram as redes abandonadas. Ele foi localizado pela PF em Cajamar, no interior de São Paulo.

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