O que tem dentro do copo Stanley? Conheça IFESciência, equipe por trás do viral

É preciso muito pouco para conservar uma bebida gelada em um copo Stanley. Aliás, não é preciso de nada. Sim, nada, a não ser um bom uso da ciência e das leis da física. Foi isso que a equipe do IFES Ciência decidiu explicar por meio do vídeo viral, no qual eles serram um copo da marca.

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Em entrevista ao Canaltech, o professor e coordenador do projeto de extensão Hilton Moulin contou que tudo começou há um ano, após ter a ideia aprovada em um edital e financiada pela FAPES, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo.

Moulin, que é engenheiro mecânico e dá aulas de termodinâmica, conta com uma equipe de cinco alunos do Ensino Médio que fazem técnico em mecânica em uma modalidade inovadora no Brasil, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus Cachoeiro de Itapemirim (IFES – Cachoeiro).


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Funciona assim: pela manhã, os alunos concluem a grade escolar tradicional, no colégio estadual Lions Sebastião de Paiva Vidaurre e, à tarde, vão ao campus do IFES para fazer o técnico.

Com uma só matrícula, conseguem estudar em ambas as instituições, cursando o ensino médio e o técnico simultaneamente. Além deles, também participam dois alunos que cursam o ensino superior em engenharia mecânica no IFES. 

“Eles recebem do Estado uma bolsa para estudar. Tudo é para todo mundo, a ciência é para todo mundo e a é educação pública e de qualidade também deveria ser acessível para todos”, destaca o professor. 

Serrando o copo Stanley

Para mostrar a tecnologia envolvida no produto e ensinar as leis da física, a estudante Gabriele Arêas, de 17 anos, serrou o copo e apresentou o vídeo (veja mais abaixo). 

Ao Canaltech, ela contou que cada experimento é uma surpresa e se não tivesse feito o ensino técnico, não teria gostado tanto da área. Agora, ela quer cursar engenharia mecânica no IFES e está se preparando para o vestibular. 

“Eu já sabia como funcionava [o copo Stanley] pelas aulas que o Hilton tinha aplicado para a gente, mas partir o copo e ver acontecer foi diferente”, revelou a aluna. 

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Com mais de 8 milhões de visualizações no fim de semana em que aconteceu a postagem, o vídeo recebeu uma enxurrada de interações.

“Nós recebemos muitos comentários no vídeo falando ‘por que é que não tem nada e é tão caro?’, mas dá muito trabalho fazer esse ‘nada’ dentro do copo, tirar todo o ar lá de dentro e criar um vácuo bem elaborado”, pontuou a estudante.

O futuro do projeto

A equipe do IFES. Foto: imagem concedida ao Canaltech

Para os divulgadores da ciência, no entanto, a tarefa de explicar pareceu óbvia e intuitiva, mas contou com muito trabalho por trás das câmeras para entregar um conteúdo de qualidade e fácil entendimento.

Para manter o ritmo das postagens três vezes na semana, foi necessário muito planejamento, já que os alunos cursam a grade de ensino regular pela manhã e o técnico a tarde. Na brecha do almoço, após o trajeto de uma instituição para a outra, eles gravam.

O objetivo é dar continuidade aos vídeos, o que depende da aprovação em um novo edital, aberto em novembro e cujo resultado será divulgado no final de janeiro. Até lá, ainda existe conteúdo para ser editado e publicado e os fãs do canal não ficarão órfãos.

“É muito gratificante ler comentários de gente que gostaria de estudar no IFES, que queria ter tido aulas assim. Sentimento de que estamos no caminho certo”, finalizou Moulin. 

Conheça a página do projeto clicando no link: https://www.instagram.com/ifesciencia/

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