Secas prolongadas e cheias menores: a nova realidade do Pantanal

A situação das cheias do Pantanal tem se modificado drasticamente, com períodos de inundação cada vez mais breves e secas prolongadas, que favorecem incêndios intensos. A situação confirmada por levantamento do MapBiomas aponta para a preocupante redução de áreas alagadas no bioma ao longo das últimas décadas.

Em 2022, o Pantanal teve cerca de 3,3 milhões de hectares cobertos por água. O índice representa redução de 38% em relação a 2018, ano da última grande cheia, quando 5,4 milhões de hectares foram inundados.

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Família suspeita de criar "muralha de fogo" é alvo de operação da PF
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Família suspeita de criar “muralha de fogo” é alvo de operação da PF

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Mesmo nessa época, a extensão de área alagada apresentava queda de 22% em relação a 1988, quando o Pantanal registrou uma das maiores cheias da série histórica do MapBiomas, que atingiu 6,8 milhões de hectares.

O estudo aponta queda ainda mais dramática em 2023, ano em que a área alagada no Pantanal foi 61% menor do que a média histórica registrada entre 1985 e 2023. Esse cenário intensifica as preocupações sobre os riscos de incêndios, já que períodos secos cada vez mais prolongados tornam a vegetação mais suscetível às chamas.

Outro dado alarmante é a transformação de áreas originalmente alagadas em savanas. Dos 2,3 milhões de hectares atualmente cobertos por savana, 421 mil hectares foram áreas alagadas.

Esses novos dados confirmam a situação crítica do Pantanal, que impacta não só a biodiversidade, mas também as comunidades que dependem das águas do bioma para sobreviver.

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