Projeto de Lei quer acabar com “Indústria da multa” no Brasil; entenda

A chamada “Indústria da Multa” pode estar com os dias contados no Brasil. Para isso, porém, será preciso que o texto do Projeto de Lei 4059/2024, de autoria da deputada federal Carolina de Toni (PL-SC), seja aprovado.

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O texto do PL da deputada quer alterar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para proibir a utilização de radares móveis ou portáteis, instrumentos utilizados para aferir a velocidade dos veículos, hoje espalhados pelas principais avenidas e rodovias de todo o país.

Segundo a parlamentar, o objetivo principal das penalizações, que é “garantir a ordem e o respeito às normas [de trânsito]” está desvirtuado. O motivo é a excelente “fonte de renda” que a aplicação de multas de trânsito se tornou para os Estados.


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“O poder fiscalizador, em muitos casos, tem extrapolado esse limite, desvirtuando flagrantemente a razão de penalizar. Em vez de se preocupar com a segurança dos indivíduos, alguns têm usado as multas como subterfúgio para angariar recursos extras para os cofres públicos”, disparou.

Projeto de Lei quer apenas radares móveis flagrando motoristas por excesso de velocidade (Imagem: Wirestock/Freepik/CC)

Deputada quer apenas radares fixos

Na visão de Carolina de Toni, a melhor forma de fiscalizar o trânsito e aplicar as multas a quem infringir os limites de velocidade é a utilização de radares móveis em ruas, avenidas e rodovias — e com a devida sinalização informativa.

A deputada federal defende o uso de equipamentos “sem o prejuízo dos critérios estabelecidos em resoluções do Contran” pois, desse modo, “os cidadãos que transitam pelas vias não serão surpreendidos”.

O Projeto de Lei que quer extinguir os radares móveis no Brasil tramita na Câmara, mas ainda não foi submetido à votação. Se aprovado, ainda terá de passar por outras votações até chegar à sanção presidencial. No caso de virar lei, os órgãos fiscalizadores terão 180 dias para se adequar.

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