IA é a próxima revolução industrial, defende presidente da Microsoft

De Lisboa, Portugal — A inteligência artificial é a próxima revolução industrial, destacou o presidente da Microsoft, Brad Smith, no Web Summit Lisboa 2024 nesta terça-feira (12). Durante a palestra, o executivo classificou a IA como o “próximo grande GPT”, ou seja, o grande avanço em tecnologias de propósito geral. 

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Para Smith, a inteligência artificial é um eixo de mudança econômica e social, comparando-a com outras tecnologias que mudaram os rumos da sociedade, como a eletricidade e o vapor.

“Essa quarta revolução industrial se assemelha mais à segunda”, comparou o executivo, ao destacar o impacto da distribuição da eletricidade, que levou prosperidade aos país. Para ele, a IA pode seguir pelo mesmo caminho


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“Temos muito a aprender com as lições do passado, incluindo a segunda revolução industrial. Porque o que você vê, por exemplo, é que onde a eletricidade foi, a prosperidade seguiu”, comentou. “Devemos começar reconhecendo uma coisa, talvez acima de tudo o que conversaremos hoje: a IA é o próximo grande GPT. É o próximo grande avanço em tecnologias de propósito geral.”

Brad Smith 1 - Web Summit
Brad falou sobre o “próximo grande GPT” no Web Summit (Felipe Szatkowski)
Brad Smith 2 - Web Summit
Brad participou do segundo dia de Web Summit (Felipe Szatkowski)
Brad Smith 3 - Web Summit
O VP da Microsoft falou sobre o contexto do setor e o futuro de tecnologias de IA (Felipe Szatkowski)
Brad Smith 4 - Web Summit
Explicação do “|The AI Tech Stack” (Felipe Szatkowski)
Brad Smith 5 - Web Summit
Brad falou sobre a IA ser a próxima propósito geral da tecnologia (Felipe Szatkowski)
Brad Smith 6 - Web Summit
Explicação sobre o “The next general purpose of technology” (Felipe Szatkowski)

Investimento para o futuro da IA

O presidente da Microsoft ainda revelou que a companhia investe “pesado” na criação de uma estrutura com data centers de IA em diversos países europeus: “nós não estamos construindo apenas para nós mesmos, mas sim para o ecossistema como um todo”, explica Smith. 

Esses datacenters não apenas suportam os serviços da empresa, mas também fornecem a base para startups e desenvolvedores construírem suas próprias inovações. Para ilustrar o impacto prático dessa nova era, Smith mencionou o exemplo de uma startup que desenvolveu uma ferramenta de IA capaz de detectar a retinopatia diabética, uma doença que pode levar à cegueira. 

Com apenas uma câmera e uma conexão à internet, o aplicativo pode diagnosticar a condição com uma precisão de 97%, o que representa uma solução acessível para milhões de pessoas. “Estamos no negócio de salvar a visão das pessoas”, disse Smith ao destacar o impacto social dessa revolução.

Sustentabilidade

Para além da estruturação de data centers, com foco em sustentabilidade, a Microsoft investe em novas fontes de eletricidade livres de carbono. É o caso da reativação de uma usina nuclear para alcançar esse objetivo. 

“Há momentos em que conversas difíceis são necessárias, como descobrimos nos Estados Unidos, quando anunciamos recentemente que investiríamos dinheiro para colocar de volta em operação uma usina nuclear em Three Mile Island — que funcionou de forma segura por 40 anos, mas foi desativada em 2019 por questões econômicas — para que pudéssemos adicionar 874 mW de eletricidade na Pensilvânia”, explicou. 

A governança global para a IA também entrou em pauta quando o presidente da gigante da tecnologia defendeu a criação de políticas e normas internacionais que assegurem a segurança e privacidade.

Acompanhe o Canaltech para ficar por dentro de todos os debates e tendências do Web Summit de Lisboa!

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Com colaboração de Bruno De Blasi e Emanuele Almeida

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