Coren-RJ realizou o 1° Colóquio de Urgência e Emergência

No ano em que se comemora 20 anos da implementação do SAMU 192 no Brasil, o COREN-RJ realizou o 1° Colóquio de Urgência e Emergência para discutir a importância do Suporte Intermediário de Vida (SIV) para o modelo nacional de atenção pré-hospitalar e para o sistema de saúde como um todo.

O SIV é uma composição de equipe pré-hospitalar que se caracteriza pelo protagonismo do enfermeiro em conjunto com um técnico de enfermagem e um condutor ou, da mesma forma, dois enfermeiros e um condutor. Nessa formação, quando devidamente capacitado e atuando sob protocolos e regulação médica, o enfermeiro disponibiliza para a sociedade todas as suas prerrogativas profissionais previstas em legislação, viabilizando acesso oportuno ao cuidado de urgência.
Profissional de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) há mais de 35 anos e pesquisadora na área de urgência, a convidada Profa. Dra. Marisa Malvestio fez uma contextualização sobre o SAMU 192 no Brasil e sobre a aplicação do SIV nesse cenário, discutindo seus potenciais impactos sobre os resultados de sobrevivência dos pacientes, bem como, diretamente sobre o sistema de saúde brasileiro. Muitas experiências nacionais de inovação com a implementação do SIV foram mostradas e, experiências internacionais também foram discutidas.

Ao lado da presidente do COREN-RJ, Dra. Lilian Behring, a convidada também explanou sobre as políticas públicas brasileiras e as resoluções do COFEN no âmbito da Urgência e Emergência que dão suporte ao SIV. Os destaques foram: a Portaria GM/MS 2048/2002, a Portaria GM/MS 288/2018 e as resoluções que tratam da inserção de dispositivos extraglóticos, acesso intraósseo, desfibrilação manual, manejo de parâmetros de ventilação mecânica, Morte Óbvia, Uso de USG em procedimentos de Enfermagem. O foco foi analisar como todos esses marcos legais amparam o SIV.
Em um país com dimensões continentais como o Brasil, a especialista destaca que o grande desafio do SAMU 192 no nosso país está em “fazer mais por mais gente, com segurança assistencial e profissional e, custo-eficiência”, o que Marisa classifica como “uma equação cuja resolução pode começar pela implementação do SIV, dentre outras ações necessárias no modelo nacional”.

No encontro, que reuniu cerca de 300 pessoas, os responsáveis técnicos apresentaram suas dúvidas e receberam orientações sobre suas responsabilidades éticas e profissionais. O sucesso do evento, demonstrou a assertividade na escolha do tema e o engajamento da Enfermagem do Rio de Janeiro com o sucesso das políticas públicas brasileiras.

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