Fábio Galvão assume superintendência da PF no Rio com foco em combate à corrupção

Rio de Janeiro – O delegado Fábio Galvão, da Polícia Federal, foi nomeado como o novo superintendente da PF no Rio de Janeiro, substituindo o delegado Leandro Almada, que assumirá a Direção de Inteligência Policial (DIP) em Brasília.

Reconhecido por sua postura implacável contra a corrupção, Galvão acumula passagens de destaque em cargos de inteligência e enfrenta resistências de policiais investigados por ele em gestões anteriores.

O delegado teve papel importante na prisão de centenas de agentes de segurança acusados de corrupção durante sua gestão como subsecretário de Inteligência na Secretaria de Segurança Pública do Rio, entre 2011 e 2018. Além disso, coordenou operações que prenderam líderes de facções criminosas e milicianos, como Orlando Curicica e Marcelo Piloto.

Histórico de atuação contra crimes

Galvão ganhou notoriedade ao liderar investigações que resultaram na prisão de 1.288 criminosos, incluindo 375 agentes públicos. Ele também foi responsável por contraindicar o delegado Rivaldo Barbosa para o cargo de chefe da Polícia Civil em 2018, em razão de relatórios sigilosos. Atualmente, Rivaldo é réu no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, sendo apontado como mentor intelectual do crime.

Citações em denúncias

O nome de Galvão apareceu em áudios interceptados na operação Águia na Cabeça, que investigou uma organização criminosa envolvendo os delegados Maurício Demetrio e Allan Turnowski, ex-secretário de Polícia Civil. Nas conversas, os denunciados demonstravam preocupação com a possível nomeação de Galvão para a superintendência da PF em 2020.

Turnowski, ao ser questionado, alegou que os diálogos estão fora de contexto e negou qualquer receio relacionado a Galvão. Já Demetrio, preso desde 2021, não se manifestou sobre o assunto.

Prisões de traficantes e combate à milícia

Durante sua gestão na Subsecretaria de Inteligência, Galvão liderou operações que resultaram na prisão de traficantes como Marcelo Piloto e Luís Cláudio Machado (Marreta), além do miliciano Orlando Curicica. Ele também esteve à frente da investigação contra o clã Garcia e o ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, morto em 2020.

Trajetória na Polícia Federal

Na PF há 21 anos, Galvão passou por cargos estratégicos, incluindo a coordenação do Centro Integrado de Operações e Inteligência no Ministério da Justiça, durante a gestão de Flávio Dino. Desde julho, estava na Corregedoria-Geral da PF, chefiando a Divisão de Procedimentos Disciplinares.


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Perguntas Frequentes sobre Fábio Galvão e a PF no Rio

Quem é Fábio Galvão?
Delegado da Polícia Federal há 21 anos, é reconhecido por sua atuação rigorosa contra a corrupção e o crime organizado.

Quais cargos ele já ocupou?
Foi subsecretário de Inteligência no Rio, chefiou a Delegacia de Crimes Previdenciários e atuou na Corregedoria-Geral da PF.

Por que a nomeação gerou resistência?
Policiais investigados por ele em gestões anteriores demonstraram descontentamento com sua indicação.

Qual o impacto de sua gestão na Subsecretaria de Inteligência?
Foram realizadas 1.288 prisões, incluindo de 375 agentes públicos, além de ações contra traficantes e milicianos.

Qual será o foco de sua gestão?
Reforçar o combate à corrupção e ao crime organizado no Rio de Janeiro.


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