Para ministros do Planalto, explosão no STF “enterra” PL da Anistia

Ministros do Palácio do Planalto avaliam que as explosões que resultaram na morte de um homem na frente do STF, na noite da quarta-feira (13/11), “enterram” de vez as chances de o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro prosperar no Congresso Nacional .

Para auxiliares do presidente Lula, o incidente demonstra que não há espaço para anistia e que é necessário condenar os demais “golpistas”. O responsável pelas explosões foi Francisco Wanderley Luiz, que já foi candidato a vereador pelo PL de Jair Bolsonaro.

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Luiz usava o codinome “Tiu França” nas redes sociais, onde seguia figuras da direita como Bolsonaro e o professor Olavo de Carvalho. O homem morava em Rio do Sul, no estado de Santa Catarina. Ele foi candidato a vereador no município em 2020 pelo PL, mas não conseguiu se eleger.

O PL da Anistia está parado na Câmara desde o final outubro de 2024, quando o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e mandou para uma comissão especial. O novo colegiado, porém, sequer começou a funcionar.

Em entrevista à coluna nesta semana, Bolsonaro disse ter concordado com a decisão de Lira de enviar a proposta para uma comissão especial. O ex-presidente afirmou que tinha dúvidas se o projeto passaria no plenário da Câmara do jeito que estava. Ele ainda previu que a proposta só avançará em 2025.

“Esse ano não vai dar certo, no meu entender. Não vai ter tempo para isso. Mas não tínhamos alternativa. Porque, olha só: mesmo se aprovado na comissão… Estava lá conversando com a Carol de Toni (PL-SC), presidente da CCJ, estava indo muito bem. Tínhamos muita esperança de aprovar lá. Agora, indo para a Câmara, teria que ter o Lira para botar em pauta. E tínhamos dúvida se o plenário apoiaria. Você ouvia há pouco tempo o líder do PDT falando que é favorável a uma anistia parcial. Já se começou a falar. Lá atrás, o José Múcio, ministro da Defesa, falou que não foi golpe. Há poucos dias, o (Nelson) Jobim (ex-ministro do STF e da Defesa) falou a mesma coisa, depois voltou atrás. Mas já falou alguma coisa”, declarou.

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