Erro de hospital atrasa em 10 meses diagnóstico de mulher com câncer

O câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre as mulheres e, quando detectado precocemente, aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido. Foi por isso que em 2022, a britânica Wioletta Smith, de 41 anos, foi ao hospital após perceber alterações na mama direita e realizou uma mamografia para investigar o problema.

O radiologista que analisou o exame identificou que eram necessários mais testes, como um ultrassom e, possivelmente, uma biópsia. As recomendações foram registradas como FAR (ação adicional necessária) e deveriam ter sido enviadas por e-mail para a clínica de mama. A paciente seria notificada em seguida para marcar os exames.

No entanto, o e-mail nunca chegou. Segundo os advogados de Wioletta, o hospital admitiu que o resultado não foi enviado, e por isso, as recomendações do radiologista não foram realizadas. Sem receber nenhuma notificação, a britânica achou que o exame não havia detectado nada preocupante e presumiu que estava tudo bem.

Foto de Wioletta Smith, que teve o diagnostico atrasado em 10 meses por erro de hospital, com o marido. Metrópoles
Diagnóstico de câncer de mama de Wioletta Smith atrasou 10 meses por erro do hospital

Diagnóstico para câncer de mama

Em outubro de 2023, 10 meses depois da primeira consulta, Wioletta voltou ao médico após notar um nódulo na mama. Ela foi encaminhada ao serviço de urgência com suspeita de câncer e, após uma biópsia, recebeu o diagnóstico de câncer de mama em estágio 3.

“Sempre fiz questão de comparecer a todas as minhas consultas e avaliações no hospital, então, quando não recebi resposta sobre a mamografia, presumi que estava tudo bem. Descobrir menos de um ano depois que eu tinha câncer foi um choque enorme. Fiquei absolutamente arrasada”, desabafa em entrevista ao The Sun.

Determinada a lutar, ela conta que se manteve firme pelo filho pequeno. “Eu sabia que não podia mudar o diagnóstico, então estava determinada a lutar contra ele. Quero estar por perto para ver o meu filho crescer, então desistir realmente não era uma opção”, destaca.

Desde o diagnóstico, ela passou por uma cirurgia para remover o tumor e enfrentou tratamentos como quimioterapia e radioterapia. “O processo tem sido exaustivo, tanto física quanto emocionalmente, mas continuei dizendo a mim mesma que era temporário e que eu iria superar isso”, conta.

Em carta, a administração do Hospital Kingston, em Londres, lamentou o ocorrido e afirmou que o processo de distribuição de alertas radiológicos e o caminho para a revisão de mamografias de pacientes sob vigilância foi reformulado para “minimizar a probabilidade de erro humano”.

“Ainda me sinto muito decepcionada com a administração do hospital, mas agradeço o pedido de desculpas e o fato de eles terem introduzido mudanças para evitar que algo assim aconteça com outra pessoa”, diz Wioletta.

Atualmente, além de seguir com sua recuperação, Wioletta, que trabalha como planejadora financeira, está determinada a conscientizar as pessoas sobre o câncer de mama. “Espero que, ao falar, eu possa conscientizar sobre os sintomas da doença. Muitas pessoas são afetadas, então todos precisamos saber o que procurar”, finaliza.

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico

Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico

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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos

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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira

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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas

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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada

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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios

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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito

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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido

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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas

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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença

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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes

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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade

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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico

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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica

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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente

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