Ex-titular da Cultura, Regina Duarte fala sobre futuro na política

Impossível falar da TV brasileira sem mencionar um nome que ajudou – e muito – a popularizá-la. O nome em questão é o de Regina Blois Duarte, mais conhecida como Regina Duarte. Se o veículo de massas soma mais de sete décadas de existência por aqui, Regina completa em 2025 60 anos de carreira televisiva, considerando sua estreia na Excelsior. Ao longo dessa trajetória, a Namoradinha do Brasil, como ficou conhecida ao protagonizar, já na TV Globo, “Minha doce namorada”, construiu tipos inesquecíveis que ajudaram a revolucionar costumes.  Um exemplo é o de Malu Mulher, na qual viveu o papel-título.

Na década seguinte, cansada de elencar heroínas, Regina busca outras emissoras. A volta à Globo, em 1985, foi com a inesquecível viúva Porcina, de Roque Santeiro. “Ela é uma diva de ópera”, soprou-lhe o diretor Walter Avancini (1935-2001) e ela fez jus à recomendação. À personagem somam-se outras tantas como a empoderada Raquel Acioly em “Vale tudo” ou a emergente Maria do Carmo de Rainha da Sucata. Recentemente, depois de uma rápida (e desnecessária) passagem pela Secretaria de Cultura no governo de Jair Bolsonaro, a atriz viu chamuscada a própria  imagem. A saída foi recolher-se, o que lhe possibilitou abrir novas frentes de trabalho. “O personagem precisa chamar minha atenção e provocar uma paixão”, revela, em entrevista realizada de forma presencial numa livraria no Rio de Janeiro. A seguir, Regina fala do presente e do futuro – o dela e o da TV, veículo cuja história mistura-se à dela própria.

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