Lewandowski admite que não pôde “evitar” crime organizado na eleição

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que, apesar dos esforços da Polícia Federal e da Justiça Eleitoral, não foi possível “evitar” que o crime organizado participasse das eleições municipais de 2024.

Lewandowski afirmou que o crime organizado “preparou” candidatos a prefeito e vereador em todo o Brasil e que foi difícil “separar o joio do trigo” para barrar essas candidaturas.

4 imagens

Fechar modal.

1 de 4

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça de Lula, disse que foi dificil barrar o crime organizado nas eleições

Henrique Raynal | CC

2 de 4

E que o crime organizado está em todo o país

Igo Estrela/Metrópoles
@igoestrela

3 de 4

Ministro comparou crime organizado a crise ambiental

Nina Quintana/Metrópoles @ninaquintana

4 de 4

Ele disse ver a questão com preocupação

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

“Essa foi uma grande preocupação nessas eleições, pois o crime organizado preparou candidatos a vereadores e prefeitos em grande parte do país. E a triagem para separar o joio do trigo, para evitar que o crime organizado pudesse disputar eleições, foi muito complexa. Impedimos muito, mas não pudemos evitar”, disse Lewandowski em entrevista podcast EsferaCast, do Grupo Esfera.

O ministro da Justiça explicou que a PF e Justiça Eleitoral ainda tentaram escrutinar “com muito cuidado os antecedentes, as ligações dessas pessoas, os contatos que tinham com as redes sociais”.

Lewandowski ainda declarou que o envolvimento do crime organizado na política é um fenômeno tão preocupante quanto as guerras regionais e as questões climáticas.

“É uma espécie de captura do Estado. Pouco a pouco, o crime organizado vai se infiltrando nas estruturas do Estado. É um fenômeno novo em todo o mundo, talvez tão preocupante como as guerras regionais, como o aquecimento climático”, explicou o ministro.