G20: no Rio, Lula une países na Aliança Global Contra a Fome. Siga

Rio de Janeiro — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, na manhã desta segunda-feira (18/11), a cúpula do G20, o Grupo dos Vinte, ao receber os líderes mundiais que vieram para a reunião de cúpula, no Rio de Janeiro. Esse é o último ato do Brasil à frente da liderança rotativo do bloco, que passará a ser presidido pela África do Sul.

A primeira atividade, às 10h, trata de inclusão social e a luta contra as desigualdades, com destaque para o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. O esforço tem dezenas de países e instituições signatárias e será continuado pelo grupo mesmo após o fim da gestão do Brasil à frente de sua presidência.

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Até esse domingo (17/11), 81 países aderiram ao programa, aumentando, em muito, o número que nações que haviam se juntado à iniciativa até a sexta-feira (15/11). Outros países são bem-vindos à Aliança: o Brasil espera que o número final se aproxime de 100. Nações como a África do Sul, Alemanha e Paraguai já tinham aderido à iniciativa.

O primeiro país do G20 a aderir à Aliança Global é a Alemanha, ao assumir compromissos de contribuir com a promoção da agricultura sustentável e com o reforço das redes de segurança social, como políticas de salário mínimo.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) se juntou ao grupo, ao anunciar que desejava “alinhar ações e desenvolver soluções inovadoras, assim como compartilhar práticas e experiências que contribuam para o combate à pobreza e à desigualdade”.

Recursos financeiros

A Fundação Rockefeller foi a primeira entidade filantrópica a se juntar à iniciativa. E anunciou que contribuirá com recursos financeiros, assistência técnica, apoio à capacitação e conhecimento para apoiar países que implementarão programas de alimentação escolar.

Na sequência, veio a adesão das Instituições Financeiras Internacionais (IFI), conjunto de organizações de caráter multilateral, que incluem:

  • Banco Africano de Desenvolvimento (AFDB);
  • Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB);
  • Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF);
  • Banco Europeu de Investimento (EIB);
  • Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);
  • Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida);
  • Fundo Monetário Internacional (FMI);
  • Novo Banco de Desenvolvimento (NBD); e
  • Grupo Banco Mundial (GBM).

Só o BID anunciou um aporte ao projeto de US$ 25 bilhões, cerca de R$ 146 bilhões, para projetos na América Latina e no Caribe. Ao todo, nove instituições financeiras aderiram à aliança.

Erradicar desigualdades

O objetivo da Aliança é fomentar políticas públicas para erradicar as desigualdades e replicar os planos em diversos países que necessitem disso. Em julho, o governo federal fez o pré-lançamento da Aliança e, desde então, as nações e entidades puderam aderir.

Na tarde desta segunda, os líderes de Estado seguem em conversas sobre temas sociais e tratam ainda da reforma da governança global, assunto caro de Lula.

O petista critica como os países ricos possuem privilégios em fóruns como a Organização das Nações Unidas (ONU), com assentos permanentes e poder de veto.

Lula defende que outras nações, principalmente da América Latina e África, sejam incluídos e tratados da mesma maneira nesses locais.

Já nesta terça-feira (19/11), as conversas serão mais focadas em transição energética e desenvolvimento sustentável. Como a agenda do G20 será mais curta, o chefe do Executivo deverá encaixar algumas reuniões bilaterais no fim do dia.

Com informações da EBC.

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