Ministro destaca parceria Brasil-China no G20

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou nesta segunda-feira (18), durante coletiva após a reunião da cúpula do G20, que o presidente da China, Xi Jinping, agradeceu ao Brasil pelo intercâmbio que inspirou avanços no combate à fome em seu país.

Dias explicou que o modelo do programa Fome Zero, implementado no Brasil nos anos de 2004 a 2006, serviu de referência para a China desenvolver um plano que tirou milhões de pessoas do mapa da fome até 2021.

“O presidente Xi Jinping fez questão de agradecer ao Brasil pelo intercâmbio entre os dois países, ocorrido por volta de 2004, 2005 e 2006. Nessa época, eu era governador e tive o privilégio de ver o Piauí como um dos estados pioneiros no programa Fome Zero. A China, inspirada nesse modelo, organizou seu próprio plano e, em 2021, conseguiu sair do mapa da fome no critério da insegurança alimentar, beneficiando milhões de pessoas”, relatou Dias.

Apesar do progresso, o ministro destacou que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar na China ainda é significativo. Ele apontou que o país terá um papel importante nos esforços globais para alcançar 500 milhões de pessoas que vivem nessa condição.

Segundo Dias, a China liderou uma proposta no G20 para modernizar pequenos produtores com o uso de tecnologias urbanas e rurais e fortalecer pequenos negócios como estratégia para gerar empregos e ampliar o comércio internacional.

“Hoje, mais de 50% das importações e exportações da China são realizadas por pequenos produtores e empresas. Esse exemplo é seguido pela Itália, que também possui uma significativa integração de pequenos negócios em sua economia”, afirmou o ministro.

Dias também mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reuniões recentes com Xi Jinping e o vice-presidente Geraldo Alckmin, discutiu a ampliação das trocas comerciais entre Brasil e China. Ele citou o mel de abelha produzido no Nordeste brasileiro como um exemplo bem-sucedido dessa parceria.


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“Nossa região tem uma grande produção de mel de abelha, e a China se consolidou como o principal comprador desse produto. O mel produzido no Nordeste é considerado puro e orgânico, enquanto a produção de mel na China, afetada por doenças nas abelhas e o uso de antibióticos, precisa ser misturada com mel importado para atingir o grau de pureza necessário. Essa parceria beneficia tanto os produtores brasileiros, que encontram um mercado em expansão, quanto os produtores chineses, que conseguem colocar seus produtos no mercado”, explicou.

O ministro também ressaltou o papel da China na oferta de tecnologia voltada para pequenos empreendedores brasileiros.

“A China, com seu avanço na industrialização e produção de equipamentos, oferece tecnologia voltada para pequenos empreendedores, como tratores e colheitadeiras de menor porte. Essa parceria tem se mostrado essencial, trazendo experiências bem-sucedidas para a cesta de boas propostas do Brasil”, concluiu Dias.

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