Oposição vai à PGR após influenciadora falar em “sequestrar deputado”

A oposição ao governo na Câmara quer a abertura de uma investigação, pela Procuradoria Geral da República (PGR), sobre eventuais crimes cometidos pela influenciadora digital Festi ao ameaçar deputados federais nas redes sociais. O requerimento foi protocolado por Capitão Alden (PL-BA) na Comissão de Segurança Pública do parlamento.

A influenciadora fez publicações em defesa da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com a escala de trabalho 6×1. Nas postagens, Festi incentivou atos de violência contra parlamentares que não apoiarem a PEC.

 

“Por muito menos a gente teria quebrado um banco, botado fogo em ônibus, sequestrado deputado. Eu queria tanto sequestrar um deputado do PL”, diz a autora das postagens. Em outro trecho dos vídeos, ela diz a seus seguidores que eles deveriam “pegar toda essa galera, amarrar em praça pública e botar fogo”.

“Nós botou [sic] os cara [sic] lá, nós pode [sic] ir lá buscar, botar na mala do carro e, mano, dá um rolê com eles. Fuzil na cabeça e a porra toda. Se você não assinar a favor dessa merda, você morre”, disse. Na noite de quinta-feira (14/11), a conta de Festi no Instagram estava fora do ar. No TikTok, ela conta com mais de 1,2 milhão de seguidores.

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Deputado Capitão Alden apresentou requerimento à Comissão de Segurança Pública da Câmara

Influenciadora conhecida como Festi publicou um vídeo em suas redes sociais ameaçando deputados
Em vídeo, Festi sugere sequestrar deputados com "fuzil na cabeça"
Festi critica omissão com relação à PEC que acaba com a escala 6x1
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Influenciadora defende PEC e ameaça parlamentares

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Deputado Capitão Alden apresentou requerimento à Comissão de Segurança Pública da Câmara

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Influenciadora conhecida como Festi publicou um vídeo em suas redes sociais ameaçando deputados

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Em vídeo, Festi sugere sequestrar deputados com “fuzil na cabeça”

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Festi critica omissão com relação à PEC que acaba com a escala 6×1

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O requerimento assinado pelo deputado Capitão Alden solicita à Comissão de Segurança Pública que envie à PGR uma sugestão de instauração de inquérito contra Festi, devido à “gravidade das declarações e ao potencial impacto negativo sobre a segurança dos parlamentares e a ordem pública”.

“Tal conduta é considerada incitação à prática de crimes, ameaça, sequestro e cárcere privado, além de escancarado atentado à democracia, pois incita atos de violência contra representantes diretamente eleitos pelo povo. Em uma sociedade democrática, a integridade e a segurança dos parlamentares são fundamentais para o funcionamento das instituições e o respeito à vontade popular. Incitar a violência contra esses representantes é um grave ataque aos princípios democráticos e ao Estado de Direito”, diz o documento.

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