Em pesquisa, psicólogos revelam perfil mais propenso a cometer traição

Quando o assunto são casos icônicos de traição, um dos mais lembrados é o do à época presidente norte-americano Bill Clinton, que “pulou a cerca” com Monica Lewinsky. No Brasil, nomes como o jogador Neymar vêm à tona nesse quesito. Teriam eles algo em comum?

A posição poderosa dos dois, como presidente dos EUA e jogador da seleção brasileira, pode ter influenciado na decisão de ter um caso extraconjugal — ao menos é o que concluiu, recentemente, um grupo de experts em saúde mental.

Psicólogos da Universidade Reichman, em Israel, e da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, conduziram uma série de experimentos e descobriram que a dinâmica de poder desempenha um papel importante em como as pessoas se sentem e se comportam quando se trata de ser fiéis aos seus cônjuges.

Pessoas que se sentem mais poderosas são menos dependentes dos outros, têm uma opinião melhor de si mesmas e estão mais confiantes de que os outros as consideram desejáveis, avaliaram os estudiosos. A pesquisa foi publicada no Journal of Sex Research.

“Em um relacionamento romântico, essas dinâmicas de poder podem levar o parceiro mais poderoso a pensar que tem mais a oferecer do que o parceiro menos poderoso”, disse o professor Gurit Birnbaum, principal autor do estudo, ao The Guardian.

Os pesquisadores conduziram uma série de quatro estudos para testar como as percepções de poder do relacionamento influenciam o interesse de uma pessoa em “parceiros alternativos”, ou seja, em ter um amante. Eles recrutaram participantes que estavam em relacionamentos monogâmicos e heterossexuais por, pelo menos, quatro meses.

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Além do futebol, o jogador Neymar ficou conhecido por trair seguidas vezes a atual namorada

Piqué traiu a cantora Shakira, que descobriu a verdade a partir de um pote de geleia
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Monica Lewinsky e Bill Clinton

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No primeiro estudo, como uma forma de manipulação de poder, os participantes foram solicitados a descrever um momento em que se sentiram poderosos em relação ao seu parceiro atual ou um dia típico em seu relacionamento. Depois, eles escreveram uma fantasia sexual sobre alguém que não fosse seu parceiro.

Na segunda parte, seguindo a mesma manipulação de poder, os participantes olharam fotos de estranhos e decidiram, com tempo cronometrado, quais deles considerariam como parceiros em potencial.

Na terceiro, os participantes descreveram a dinâmica de poder em seu relacionamento romântico atual e classificaram seu próprio poder em comparação ao de seu parceiro. Em seguida, os participantes foram solicitados a completar uma tarefa com uma pessoa atraente, também convocada pelo estudo. Na sequência, classificaram seu desejo sexual por essa pessoa.

No quarto estudo, ambos os parceiros em um relacionamento relataram separadamente, a cada dia, durante três semanas, sobre seu poder percebido no relacionamento, seu valor percebido como parceiro e quaisquer atividades sexuais — incluindo fantasias sexuais, flertes ou relações sexuais — com alguém que não fosse sua parceria.

Harry Reis, professor do departamento de psicologia da Universidade de Rochester, comentou que as pessoas que se sentem mais poderosas em seu relacionamento tendem a avaliar seu valor como parceiro mais alto do que o valor do parceiro, o que pode se tornar destrutivo e acabar culminando em um caso extraconjugal.

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