Contragolpe: Moraes avisa ao Exército que vai decidir sobre visitas

As visitas aos militares presos na Operação Contragolpe, suspeitos de planejar os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Alexandre de Moraes, deverão ser autorizadas pelo próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi passada por Moraes ao comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, após a operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na terça-feira (19/11).

No comunicado, Moraes, relator do processo sobre os atos antidemocráticos ocorridos em novembro e dezembro de 2022, alega que a única exceção são os advogados constituídos pelos militares, que estão detidos em batalhões do Exército no Rio de Janeiro e em Brasília.

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Tenente-coronel Helio Ferreira Lima também foi preso por plano para matar Lula

O tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira
Indiciado pela PF, General Theophilo teria concordado com plano de golpe em 2022
Coronel Cleverson era subordinado do general Theophilo
Alexandre de Moraes vai autorizar visitas a presos pela Operação Contragolpe
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General Mario Fernandes foi preso pela PF nesta terça-feira; em 2022, ele pediu a Bolsonaro a saída do então ministro da Defesa

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Tenente-coronel Helio Ferreira Lima também foi preso por plano para matar Lula

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O tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira

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Indiciado pela PF, General Theophilo teria concordado com plano de golpe em 2022

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Coronel Cleverson era subordinado do general Theophilo

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Alexandre de Moraes vai autorizar visitas a presos pela Operação Contragolpe

Vinícius Schmidt/ Metrópoles

“Senhor Comandante,

Foi proferida decisão nos autos sigilosos em epígrafe, para imediato cumprimento, nos seguintes termos:

DETERMINO, em razão da proibição constante da decisão proferida em 17/11/24, que todas as visitas deverão ser previamente autorizadas por este Relator, exceto os advogados com procuração nos autos, que deverão obedecer às normas regulamentares do batalhão onde os presos se encontram recolhidos.”

A conduta de Moraes no caso dos presos da Contragolpe é diferente da adotada com relação ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. Preso em maio de 2023, no âmbito do inquérito que apura a fraude no cartão de vacina de Bolsonaro e de familiares do ex-presidente, o militar recebeu pelo menos 73 visitas em menos de 20 dias. Nesse período, Cid estava detido no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.

Entre os militares que visitaram Mauro Cid na prisão estavam um dos presos na Operação Contragolpe, o general Mario Fernandes, e dois indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022: o general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira e o coronel Cleverson Ney Magalhães.

Além do general Mario Fernandes, a Operação Contragolpe prendeu o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares. Eles estão proibidos de ter contato com qualquer outro investigado, inclusive por meio de terceiros, e de se ausentar do país.

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