Como proteger a pele do sol neste verão, segundo dermatologistas

Os meses mais quentes do ano estão chegando, o que coincide com a temporada de praia, de exercícios ao ar livre e de maior exposição à luz solar. Para proteger a pele do sol no verão, médicos dermatologistas dão dicas que vão do uso diário do protetor solar até como manter o corpo hidratado

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Com o verão, a pele fica mais exposta a quatro principais fatores: radiação solar intensa, calor, suor e umidade. Com o aumento da transpiração, é fundamental manter o corpo hidratado, tomando a quantidade necessária de água todos os dias. 

Outra recomendação para proteger a pele é, quando possível, evitar a exposição ao sol das 10h da manhã até às 16h. Este é o período de maior incidência dos raios ultravioleta (ou raios UV), relacionados com o risco aumentado de câncer de pele


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Como escolher o protetor solar

Com proteção contra os raios UVA e UVB, o protetor solar é a melhor forma de proteger a pele, independentemente da pessoa estar na praia ou na cidade. Os filtros solares sempre devem ser passados minutos antes da exposição, como parte da rotina de cuidados.

Protetor solar é a melhor forma de proteger a pele do sol no verão, mas deve ser usado nas outras estações também (Imagem: Batch/Wisconsin Hemp Scientific/Unsplash)

Vale pensar em um alto fator de proteção (FPS) quando ficar mais exposto aos raios solares e à radiação ultravioleta. Se for trabalhar em um lugar com baixa exposição ao sol, fatores mais baixos podem se encaixar. É importante cobrir as tatuagens também.

No mercado, existem modelos mais simples de protetor e aqueles pensados especificamente para cada tipo de pele. Se for investir em um protetor solar para as suas necessidades, a médica dermatologista Chris Guarnieri dá algumas dicas. 

Peles oleosas podem se beneficiar de fórmulas oil-free ou em gel, enquanto peles secas devem optar por produtos mais cremosos, que hidratam e protegem”, detalha. “As peles maduras necessitam de formulações que ofereçam hidratação extra e ingredientes antienvelhecimento”, acrescenta.

Além da proteção contra os raios ultravioletas, algumas formulações contam com mais compostos benéficos para a pele, como os antioxidantes, que ajudam a evitar o envelhecimento precoce. Os mais populares são a vitamina C e o ácido ferúlico, que ajudam a neutralizar os radicais livres gerados pela exposição à luz visível. 

Outra alternativa é usar hidratantes e outras soluções com antioxidantes de forma “avulsa”, ou seja, que não estão na formulação do protetor solar. São tão benéficas quanto. 

Risco do sol e câncer de pele

Como já adiantamos, o verão e o excesso de exposição aos raios ultravioleta podem fazer mais do que apenas deixar um bronze, uma marquinha ou mesmo uma queimadura — sim, a queimadura solar é um potencial risco, quando a pele está desprotegida. Algumas pessoas ficam apenas vermelhas e “descascam”. Há também a ameaça do câncer de pele, que aumenta em casos de exposição frequente, prolongada e sem proteção solar.

Manchas e pintas estranhas na pele devem ser avaliadas por um dermatologista, já que podem ser câncer de pele (Imagem: CDC/Carl Washington/Mona Saraiya)

O sol leva a uma alteração no DNA celular, desencadeando o câncer, que chamamos de neoplasia”, explica o médico dermatologista José Roberto Fraga Filho. O especialista é Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia.

Quando se desenvolve, esta forma de câncer pode ser identificada através de manchas ou pintas “estranhas” na pele do paciente. Inclusive, “existe uma regra para suspeitarmos da pinta, que é a regra do ABCDE”, conta o dermatologista. 

A seguir, entenda como é a regra que deve servir de alerta para o câncer de pele:

  • A de assimetria;
  • B de bordas irregulares
  • C de cores diferentes na mesma pinta;
  • D de diâmetro da pinta, que chama a atenção se for maior que 0,6 cm;
  • E de evolução, especialmente se a pinta está crescendo.

Mais formas de proteger a pele

Com as altas temperaturas do verão, a transpiração é maior, o que pode causar a obstrução dos poros da pele. Isso acaba estimulando as glândulas sebáceas, o que aumenta a produção de óleo e dá aquele aspecto oleoso.

No rosto, essa sequência de fatores pode desencadear a piora da acne, dos cravos e dos cistos inflamados, detalha a médica dermatologista Paula Sian. Então, cabe pensar em produtos que removam a oleosidade extra, como sabonetes específicos. Melhorar a alimentação também ajuda. Em áreas mais úmidas da pele, como virilha e axilas, aumenta o risco de micoses e fungos

Os olhos também são afetados no período mais quente do ano. “Durante a época de calor e umidade os casos de terçol ou blefarite tornam-se mais frequentes e precisam de cuidados específicos em parceria com um oftalmologista”, completa Sian.

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