Upgrade no PC: quais peças fazem diferença para jogos?

Todo componente em um PC gamer é importante para a execução dos jogos, mas alguns têm mais peso que outros. Entender isso ajuda a planejar um upgrade na máquina para conseguir o máximo de desempenho possível em jogos.

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Pensando nisso, o Canaltech montou este guia de upgrade no PC para ajudar você a entender quais peças são mais importantes na hora de atualizar o computador para ter o máximo de performance e para que sua escolha seja assertiva.

1. Placa de vídeo

Começando pelo componente de maior importância quando consideramos um upgrade no PC: a placa de vídeo. Ela é a peça que exerce o maior papel nesse tipo de tarefa, responsável por fazer toda a renderização gráfica de um jogo, ou seja, gerar a imagem que você vê na tela.


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Por isso, o upgrade desse componente é o que mais faz a diferença nos jogos. Um exemplo prático e rápido: se você usa uma AMD Radeon RX 7600, atual GPU de entrada do Time Vermelho, e muda para uma NVIDIA GeForce RTX 4070, ganhará cerca de 55% mais desempenho. Então se um jogo roda a 60 FPS, passará a rodar acima de 90 FPS.

A mudança desse componente também implica em uma possível alteração no monitor. Com esse exemplo em mente, temos uma GPU voltada para Full HD (1920 x 1080) e outra para 1440p e até 4K, dependendo do peso do jogo e uso de upscaling como o DLSS. Ou mesmo se você joga títulos competitivos e precisa de mais FPS, dá para diminuir a resolução para ter ganho na taxa de quadros por segundo.

Ainda em relação a isso, é sempre bom ter em mente a quantidade de memória de vídeo (VRAM) que a placa de vídeo tem, já que é algo impactado diretamente pela resolução do monitor. Os modelos de entrada vêm com 8 GB de VRAM há um tempo, o que pode ser suficiente para jogar em 1080p, mas não para 1440p e muito menos 4K. Claro, considerando que o jogo seja um título AAA com texturas em alta resolução.

A limitação por VRAM é traduzida de forma nítida na experiência do usuário, que enfrentará quedas constantes de FPS, porque a memória está cheia.

(Foto: Felipe Vidal/Canaltech)

Outro sintoma que revela a necessidade da troca de placa de vídeo é o uso total da GPU, mas com o jogo registrando FPS baixo. Isso significa que aquela GPU está operando em sua capacidade máxima (o que é normal, principalmente sem V-Sync desabilitado), mas o nível de desempenho não condiz com o potencial da placa.

Isso, vale ressaltar, depende muito da sua exigência com games. Vamos olhar para Black Myth: Wukong, um dos jogos mais desejados no Steam e é bastante pesado, principalmente com ray tracing ativado. Uma Radeon RX 6750 XT, que é capaz de rodar alguns jogos AAA até em 1440p a 60 FPS, tem dificuldade em manter 60 FPS no jogo mesmo em 1080p sem extrapolar no preset gráfico. Então é aí que sabemos que existe uma limitação da placa de vídeo e a necessidade de trocá-la, considerando jogos pesados como esse.

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2. Processador

O processador também tem papel crucial no desempenho em jogos e é a segunda peça mais importante na hora de fazer o upgrade do PC. Seu peso não é tão grande como o da placa de vídeo, mas, com uma má escolha, esse componente pode limitar a GPU, causando o famoso gargalo.

A CPU é responsável por “empurrar” a placa de vídeo. Ambos os componentes precisam estar em nível equivalente para que esse gargalo não aconteça. Vamos ao exemplo prático: não tem como um Intel Core i3 ou AMD Ryzen 3 empurrar uma RX 7900 XTX ou RTX 4080.

(Foto: Jones Oliveira/Canaltech)

E como saber que essa combinação não está dando certo? Quedas constantes no desempenho, principalmente em jogos grandes de mundo aberto. Quanto mais forte a placa de vídeo, menor será seu uso e maior será o uso da CPU, já que ela estará se esforçando para empurrar a GPU e executar suas tarefas no jogo, como computar a IA dos NPCs e física de tudo o que se mexe.

A solução para isso é simples: quanto mais alto o nível do processador, menos chance de ter esse tipo de problema. Ter uma CPU forte e uma GPU fraca juntos, por outro lado, não implica em nada negativo. Na verdade, assim, você garante um bom par para upgrades de placas de vídeo no futuro.

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3. Memória RAM

A memória RAM é o terceiro componente mais importante para o bom desempenho de jogos no PC. Isso acontece porque esse componente armazena dados importantes para a rápida execução dos games, fornecendo-os com muita agilidade para o processamento da CPU. Justamente por isso, é importante ter uma boa quantidade de memória RAM para não limitar a performance, já que esse espaço também é dividido com o sistema operacional e outras aplicações.

A recomendação hoje em dia é que, se você tiver 8 GB de memória RAM, amplie essa capacidade para no mínimo 16 GB. Assim, você logo verá diferença no desempenho do seu PC em jogos, garantindo uma boa margem de funcionamento.

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O principal sintoma da falta de memória RAM é inconstância no FPS, com os frames oscilando com frequência e deixando a experiência com o jogo comprometida. Tempos de carregamento altos também podem ser um efeito colateral e indício de que seu PC está precisando de mais memória RAM. A saída, como dito acima, é aumentar a quantidade e priorizar pelo uso do dual-channel, ou seja, dois módulos iguais em slots pares.

Saiba mais sobre memória RAM:

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4. Armazenamento

Já faz um bom tempo que os SSDs dominam o mercado e ficaram acessíveis. Porém existem aqueles usuários que utilizam HDDs mecânicos convencionais e esse componente pode ser um limitador dependendo do jogo. Seu maior gargalo acontece em jogos com mundos abertos muito vastos, já que o carregamento dos elementos é mais lento comparado com os SSDs.

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Isso causa o famoso cenário sem chão, fazendo com que o jogador caia no limbo, ou ainda diversos outros elementos do mundo virtual simplesmente não aparecendo. Um dispositivo de armazenamento lento também é causador de tempos elevados de carregamento. A solução para isso é simples: basta fazer o upgrade para um SSD SATA. Se sobrar no orçamento, indicamos o uso de um SSD NVMe, que é ainda mais rápido, eliminando definitivamente qualquer gargalo por parte do armazenamento.

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5. Fonte de alimentação

A fonte de alimentação costuma ser negligenciada, mas a má escolha dela pode comprometer todo o funcionamento do PC. O que precisamos ter em mente aqui é que não dá para acomodarmos uma fonte de 600W em uma configuração com RTX 4090 e Core i9, por exemplo. Fora as tensões adequadas nas diferentes linhas que essa peça oferece para os diferentes componentes.

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O mais importante é suprir a demanda energética do PC gamer. Caso isso não aconteça, os componentes mais exigentes não vão funcionar em seu potencial máximo por não disporem de energia o suficiente para isso. Esse tipo de situação, consequentemente, leva a queda de FPS, justamente porque essas peças não estão sendo alimentadas adequadamente.

Ou seja: o impacto da fonte de alimentação no desempenho do PC em jogos é indireto, pois ela garante que tudo estará funcionando adequadamente. Para ter certeza disso, fique atento à potência da fonte, procure a indicação correta para seu sistema (é possível encontrar isso no site das fabricantes de placas de vídeo) e sempre preste atenção nos selos de eficiência 80 Plus.

Leia mais: O que levar em consideração ao comprar uma fonte de alimentação?

6. Sistema de refrigeração

Um PC gamer precisa de atenção quando falamos de refrigeração. Começando com um gabinete que permite uma boa circulação de ar, de preferência com vazão na parte frontal para a entrada de ar mais livre. Além disso, é extremamente importante priorizar uma boa escolha de cooler para o processador, seja a ar ou AIO (a água). A CPU precisa operar abaixo de seu limite térmico, que é estabelecido pela Intel e AMD, para que o seu potencial seja extraído.

Caso isso não aconteça, esse importante componente para jogos irá diminuir consideravelmente suas frequências (e sua tensão) para operar com temperaturas menores, causando “thermal throttling”. Isso pode levar a perda de desempenho em jogos, fazendo com que a taxa de FPS caia consideravelmente.

O mesmo vale para a placa de vídeo. Apesar de não conseguirmos trocar seu sistema de refrigeração, é importante sempre monitorar sua temperatura, já que as fans podem estar operando em uma rotação baixa e, assim, não refrigerar adequadamente. O thermal throttling em GPU pode trazer consequências ainda piores no desempenho em um jogo, já que uma placa de vídeo com clocks baixos afeta mais diretamente o desempenho, fazendo com que o FPS em um jogo caia drasticamente, já que esse é o principal componente em um PC gamer como dito antes.

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Saiba mais sobre refrigeração no PC:

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Conclusão

Como vimos aqui, cada componente tem seu papel na hora de rodar um jogo no PC. Todos precisam funcionar em conjunto para que tudo corra bem, mas uns são mais importantes que outros, mas vale lembrar que é possível jogar títulos leves em HDs, com 8 GB de RAM, além de CPU e GPU menos poderosos.

O mesmo não pode ser dito de grandes títulos, como o aguardado GTA VI, que pode exigir bastante de todos esses componentes juntos. Portanto, o upgrade do PC gamer depende da sua necessidade e é sempre importante ter isso em mente. Do contrário, você acabará investindo em uma máquina para jogos AAA em alta resolução, quando na verdade você prefere jogar títulos competitivos que são mais leves.

Leia a matéria no Canaltech.

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