Vídeo: quadrilha de falsos judeus furta condomínios em bairro nobre

São Paulo — A Polícia Civil investiga uma quadrilha que invadiu e furtou condomínios em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo,. Os suspeitos usam acessórios judeus — como quipá e tzitzit (franjas judaicas) — para se passar por moradores. Três suspeitos já foram identificados.

“Eles usam roupas para se misturar com a comunidade judaica, geralmente uma camisa branca, uma calça social, peruca — para ficar com cabelo liso —, o quipá, uma cordinha que chama tzitzit. Quando chegam no condomínio, falam: ‘vou visitar tal apartamento, sou amigo daqui, estou visitando’. Por eles parecerem com os jovens da comunidade, os porteiros acabam baixando a guarda e abrem”, afirmou o delegado Guilherme Sabino, que investiga o caso, ao Metrópoles.

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Segundo o delegado, uma vez dentro do condomínio, os suspeitos invadem apartamentos que estão vazios. “Eles arrombam as portas com uma chave de fenda. Lá dentro, eles reviram tudo e furtam, basicamente, valores em espécie e joias”, revelou o policial.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), pelo menos três boletins de ocorrência de furto foram registrados na região desde o início de outubro.

Câmeras

Em uma das invasões, ocorrida na rua Maranhão, dois suspeitos disfarçados conseguem acesso ao condomínio pelo portão de entrada. Momentos depois, eles tentam ir embora pela mesma entrada, mas são impedidos pelo porteiro (assista abaixo).

Nesse momento, um deles sobe em uma estrutura estreita de metal e pula para a rua. O outro pula para a entrada de carros, mas é alcançado pelo porteiro, que lhe dá um soco. O suspeito que havia pulado quebra o vidro das portas com chutes, com auxílio de outro comparsa, que segura uma barra de ferro. Todos eles vão para cima do porteiro e fogem logo em seguida.

Mandado de busca

A equipe de investigação do 4º Distrito Policial (Consolação) cumpriu mandado de prisão na casa de um dos suspeitos. No local, foram apreendidos um simulacro de arma de fogo, capa de colete balístico, peruca, tablet, algumas semijoias e celulares.

De acordo com o delegado Guilherme Sabino, os suspeitos ainda tiravam fotos com os itens furtados para postar nas redes sociais. Ele afirmou ainda que pretende juntar mais provas para pedir a prisão temporária dos envolvidos.