Neuralink, de Elon Musk, testará chip cerebral para controlar braço robótico

Após ter implantado com sucesso o segundo chip em um paciente humano neste ano, a Neuralink começa a planejar os seus próximos passos. A startup fundada pelo bilionário Elon Musk planeja conectar o chip cerebral a um braço robótico, permitindo que os pacientes ganhem ainda mais autonomia com a tecnologia experimental.

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Os testes que envolvem o chip cerebral e o braço robótico, controlado através do “poder do pensamento”, vão começar no Canadá. Isso porque foi a agência de saúde local que deu aval para o ensaio clínico apelidado de CAN-PRIME. Como já ocorre nos EUA, a cirurgia de implante é feita com o suporte de um robô, o que reduz o risco de complicações na cirurgia bastante delicada — há risco de complicações e até de infecções.

“Este é um primeiro passo importante para restaurar não apenas a liberdade digital, mas também a liberdade física [dos pacientes com mobilidade reduzida]”, escreveu a Nauralink, em post compartilhado no X (antigo Twitter). 


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Os dois participantes que já convivem com o chip cerebral nos EUA também poderão testar o controle do braço robótico, a partir da interface cérebro-máquina (BCI), oportunamente. Ambos têm alcançado inúmeros feitos com a tecnologia, como o controle de aparelhos eletrônicos, celulares e telas. Já conseguem até projeta objetos 3D com software.

Chip cerebral da Neuralink

Vale lembrar que, neste ano, a startup de Elon Musk anunciou os dois primeiros pacientes a conviverem com o chip cerebral no dia a dia, através do estudo PRIME. O primeiro deles foi Noland Arbaugh, de 30 anos, que perdeu os movimentos após um acidente grave em 2016.

Pacientes da Neuralink, como Noland, devem participar de nova etapa de pesquisa em que o chip cerebral será usado para controlar braço robótico, o que será um marco para Elon Musk (Imagem: Reprodução/Neuralink/Youtube)

Quase sem autonomia, o paciente já comemorou a capacidade de retomar parte de suas atividades e pode até jogar videogame ou uma partida de xadrez, com a mente guiando um cursor de mouse — nada físico foi controlado até o momento.

Em uma das entrevistas que concedeu, Arbaugh compartilhou que sonha, um dia, em controlar um robô humanoide da Tesla com o chip da Neuralink. O ensaio canadanse CAN-PRIME está distante de realizar esse sonho, mas vai nessa direção com o braço robótico. Se os testes forem seguros e a tecnologia puder ser bem controlada, os pacientes com paralisia ganharão um novo nível de autonomia, sem precedentes.

Pesquisa de Musk com braço robótico

Nos ensaios canadenses recém-anunciados com o chip cerebral, a equipe de cientistas da Neuralink irá recrutar pacientes, com mais de 18 anos, com capacidade limitada ou nenhuma capacidade de usar as duas mãos por causa de uma lesão na medula espinhal cervical ou em decorrência da esclerose lateral amiotrófica (ELA).

“Semelhante ao estudo PRIME, o CAN-PRIME visa avaliar a segurança do nosso implante e robô cirúrgico e analisar a funcionalidade inicial do nosso BCI para permitir que pessoas com tetraplegia controlem dispositivos externos com seus pensamentos”, detalha a Neuralink, em comunicado. 

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