PM prende foragido suspeito de atuar em plano do PCC para matar Moro

São Paulo — Um homem acusado de participar do plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e matar o senador Sergio Moro (União) foi preso nessa terça-feira (26/11) por policiais da Rota, elite da Polícia Militar (PM) de São Paulo, em Itanhaém, litoral sul do estado. Ivo de Oliveira Nascimento, conhecido como “Nego Ivo”, era procurado há mais de 13 anos pelos crimes de roubo e furto qualificado.

Ivo estava em uma chácara localizada no bairro Jamaica. Segundo a Polícia Militar, as equipes da Rota foram até o local após uma denúncia anônima sobre uma reunião de indivíduos armados.

Ao perceberem a chegada das viaturas, os suspeitos teriam começado a fugir. Durante varredura na propriedade, Ivo foi localizado. Inicialmente, ele apresentou um documento falso, mas teve a identidade descoberta na sequência.

Para a polícia, Ivo fazia parte do grupo liderado por Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, apontado como articulador do plano para sequestrar Moro. Nefo foi preso pela Polícia Federal em março de 2023. Em junho deste ano, foi morto na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.

Na chácara onde estava Ivo, foram encontrados um revólver calibre 38, R$ 1.920 em espécie e dois aparelhos celulares.

A ocorrência foi apresentada no 1º Distrito Policial de Itanhaém, onde os objetos apreendidos e a arma foram entregues. O delegado plantonista ratificou a voz de prisão do acusado pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo, captura de procurado e uso de documento falso. O indiciado permanece à disposição da Justiça.

A ação da Rota foi comemorada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, nas redes sociais.

“Importante prisão em Itanhaém. O indivíduo era procurado por receptação, homicídio, porte de armas, formação de quadrilha, dano e roubo, além de ter sido apontado como responsável pelo levantamento de informações para o possível plano de sequestro do Senador Sérgio Moro”, disse o secretário.

Plano para matar Moro

De acordo com as investigações, além de Nefo, o plano para matar Moro envolvia Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, também morto em Presidente Venceslau, Ronaldo Arquimedes Marinho, o Saponga, de 53 anos; Luis Fernando Baron Versalli, o Barão, 53; Jaime Paulino de Oliveira, o Japonês, 47, e Elidan Silva Céu, o Taliban, 45.

O plano foi revelado em março de 2023, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sequaz, que teve como alvo os suspeitos.

Além de Moro, o plano também envolvia a morte do promotor Lincoln Gakyia, do Ministério Público de São Paulo.

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