São Paulo — Laudos oficiais divulgados esta semana obre a morte da jovem Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, após um encontro com o jogador de futebol Dimas Cândido de Oliveira, 18, indicam que não houve violência e que o casal não ingeriu drogas nem bebidas alcoólicas.

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Divulgação/Corinthians

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Dimas Cândido de Oliveira Filho joga na categoria sub-20 do Corinthians
Reprodução/Redes Sociais

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O jogador da sub20 do Corinthians Dimas
Divulgação/Corinthians

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O jogador de futebol da sub20 do Corinthians Dimas
Divulgação/Corinthians

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Reprodução/Redes Sociais

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Reprodução/Redes Sociais

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Dimas prestou depoimento à delegacia na noite de terça-feira (30/1)

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Jogador Dimas, do Corinthians, foi ouvido durante a madrugada no 30º DP (Tatuapé) sobre morte de jovem em seu apartamento
Reprodução

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Reprodução/Redes Sociais

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A jovem Livia Gabriele da Silva Matos, 19 anos, que morreu após passar mal durante encontro com o jogador corintiano Dimas Cândido
Reprodução/TV Record

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O jogador de futebol Dimas Cândido e a jovem Livia Gabriele, no prédio em que ele morava, no Tatuapé, durante primeiro encontro
Reprodução/TV Globo

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Dimas Cândido e a jovem Livia Gabriele, no prédio em que ele morava, no Tatuapé, durante primeiro encontro; na imagem, ela chega ao prédio e é recebida por ele
Reprodução/TV Globo
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Livia morreu no dia 30 de janeiro na zona leste de São Paulo. Ela tinha se encontrado pela primeira vez com Dimas, que à época integrava a categoria sub-20 do Corinthians. Os dois conversavam havia três pelas redes sociais.
Os resultados dos laudos foram divulgados pelo Fantástico, da TV Globo. O programa também exibiu imagens da chegada de Livia ao prédio do jogador, no bairro do Tatuapé (foto de destaque) e do casal caminhando no corredor dos elevadores.
À polícia, Dimas contou que os dois tiveram uma relação sexual com uso de camisinha. Depois descansaram, conversaram e deram início a uma segunda relação. Durante o ato, segundo ele, Livia parou de responder e desmaiou.
Sangramento vaginal
O jogador contou que ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi orientado a fazer massagem cardíaca até a chegada de uma ambulância. Só então ele teria percebido o sangramento vaginal.
O Samu alegou à polícia que o condomínio dificultou a entrada da equipe. Já o síndico do prédio informou que a equipe era despreparada, que demorou a estacionar a ambulância e até deixou Livia cair durante o resgate.
Em depoimento, a médica do Samu afirmou que, no apartamento, encontrou Dimas fazendo a massagem cardíaca enquanto falava com um atendente do 192. A partir daí, sua equipe assumiu o atendimento.
Livia estava em quadro de parada cardíaca. Os socorristas precisaram afastar a cama para realizar os procedimentos e conseguiram reanimá-la. Também havia marcas de sangue no chão, em toalhas e no colchão de casal.
Na ambulância, a digital da jovem foi usada para desbloquear o celular e uma enfermeira ligou para a família dela.
Sem camisa ou documentos, Dimas também entrou na ambulância e acompanhou o socorro. Ela foi levada para o Hospital Municipal do Tatuapé, ainda com vida, e morreu após sofrer a quarta parada cardíaca.
A Polícia Civil registrou a ocorrência como “morte suspeita”, natureza criminal que é usada quando ainda não há certeza se o caso se trata de uma morte natural, de um acidente ou se alguém deve responder criminalmente.
O que dizem os laudos
De acordo com os laudos, Livia não sofreu violência. Também não havia sêmen em seu corpo, o que confirma a versão de Dimas de que os dois fizeram sexo com camisinha. Não havia vestígios de álcool ou drogas no corpo da vítima.
A causa da morte foi uma hemorragia aguda. O laudo aponta que a ruptura interna foi de 5 centímetros, causada por um objeto contundente. Para médicos ouvidos pelo Fantástico, teria sido “especificamente o pênis contra o fundo de saco vaginal” — uma fatalidade bastante rara.
A polícia ainda aguarda alguns relatórios para saber se a jovem tinha alguma doença. A investigação está na fase final.
Dimas, que após a morte de Livia voltou a jogar no Coimbra Sports, de Contagem (MG), onde começou a carreira, não quis dar entrevista. A defesa ressaltou que os laudos reforçam que houve consentimento nas relações sexuais. “Ele foi testemunha de uma fatalidade”, disse o advogado Tiago Lenoir.
A família de Livia também não quis ser ouvida e disse que aguarda o fim das investigações.