Deputados defendem cortes no salário mínimo e rejeitaram taxar fortunas

Resumo

Deputados federais, como Kim Kataguiri, Pedro Paulo e Júlio Lopes, articulam PEC que corta benefícios sociais e congela aumento real do salário mínimo até 2031. Proposta divide opiniões e gera críticas entre parlamentares.

Brasília – Três deputados federais, Kim Kataguiri (União Brasil), Pedro Paulo (PSD) e Júlio Lopes (Progressistas), avançam com uma proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa cortes mais severos nos gastos públicos. O plano inclui o congelamento de aumentos reais do salário mínimo e a redução de benefícios sociais. A iniciativa surge paralelamente ao pacote de ajuste fiscal liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas contraria medidas populares defendidas pelo governo.

Ao mesmo tempo, os parlamentares que apoiam a PEC rejeitaram propostas de taxação de grandes fortunas. Na votação da medida que previa um imposto sobre patrimônios acima de R$ 10 milhões, Kataguiri e Pedro Paulo votaram contra, enquanto Júlio Lopes se ausentou.

O que a PEC propõe?

Salário mínimo sem aumento real

A PEC sugere que o salário mínimo seja reajustado apenas pela inflação até 2031, eliminando ganhos reais para os trabalhadores.

Redução de benefícios sociais

Outro ponto da proposta desvincula os benefícios sociais do salário mínimo, como aposentadorias e pensões, que seriam corrigidos apenas pela inflação.

Mudança no abono salarial

O abono salarial passaria a ser pago apenas a trabalhadores que ganham um salário mínimo, em vez do limite atual de dois salários mínimos.

Reações à proposta

Ivan Valente critica medida

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), no entanto, atacou a PEC em suas redes sociais. Ele afirmou que “a direita insiste em atacar os mais pobres enquanto protege os mais ricos”.

Resistência do governo

Fontes do governo indicam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resiste à ideia de desvincular benefícios do salário mínimo. Segundo aliados, essa proposta deve ser retirada do pacote oficial de cortes fiscais.

Taxação de fortunas rejeitada

Em outubro, a Câmara dos Deputados rejeitou um projeto apresentado pela federação PSOL-Rede que visava criar um imposto sobre grandes fortunas. A medida, que poderia gerar alta arrecadação para os cofres públicos, foi derrotada por 266 votos contra e apenas 136 a favor. Deputados Kataguiri e Pedro Paulo votaram contra, enquanto Lopes esteve ausente.

Entenda, saiba mais e tire suas dúvidas

Por que a PEC é polêmica?

A proposta é criticada por reduzir benefícios sociais e congelar ganhos reais do salário mínimo, enquanto parlamentares rejeitaram alternativas de arrecadação, como a taxação de fortunas.

Como a proposta pode impactar a população?

Caso aprovada, a PEC pode limitar o poder de compra de milhões de trabalhadores e dificultar o acesso a benefícios sociais.

A proposta já está tramitando?

Ainda não. Os deputados precisam reunir 171 assinaturas para que a PEC comece a tramitar na Câmara.

Com informações do ICL Notícias

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