China proíbe uso de CPUs Intel e AMD de PCs do governo

A China baniu o uso de processadores Intel e AMD em PCs governamentais em lista oficial de soluções locais, alegando se tratar de medida para evitar brechas de privacidade. Além disso, o governo ainda aconselha administrações regionais a evitarem ao máximo utilizar o Microsoft Windows como sistema operacional, optando por soluções não-estadunidenses.

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Ao que tudo indica, a medida é uma resposta aos embargos comerciais dos EUA referentes à exportação de tecnologias para a China, principalmente do segmento de IA.

Apesar de, por enquanto, as restrições se limitarem a CPUs em sistemas do governo, a NVIDIA tem na China um forte mercado e a proibição acende um alerta para eventuais bloqueios mais amplos no futuro.


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Se antecipando a novos bloqueios

O governo estadunidense vem investindo pesado em buscar independência dos mercados asiáticos no campo de semicondutores. Os bloqueios de exportação, também alegando questões de segurança da informação, são um reflexo de que o país quer reduzir relações comerciais com a China na tentativa de influenciar nações aliadas a seguirem o mesmo caminho.

Com isso, além de criar um isolamento comercial, até certo ponto velado, os EUA favorecem paralelamente para que empresas nacionais de semicondutores conquistem clientes potenciais em regiões economicamente alinhadas. Contudo, esse movimento vem levando o governo chinês a investir em soluções domésticas, tanto para avançar sua indústria quanto para também ganhar independência dessas relações internacionais.

No campo da IA, muito em alta, algumas fabricantes chinesas já começaram a lançar chips proprietários para servidores. Já no caso dos softwares, a Huawei, alvo constante de restrições no setor de telecomunicações, desenvolveu seu próprio sistema operacional como alternativa ao Android, da Google, para embarcar em seus smartphones, além de ter seus próprios CPUs Kupeng 920.

Dessa forma, banir os chips Intel e AMD de PC oficiais pode, essencialmente, ser uma primeira investida em forçar a adoção massiva de alternativas locais, para evitar uma estagnação da indústria chinesa antes que novas restrições externas sejam aprovadas.

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