Inquérito contra filho de Cid Moreira é arquivado pela Justiça

A briga pela herança de Cid Moreira ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (13/12). A Justiça resolveu arquivar o inquérito policial movido por Fátima Sampaio, viúva do comunicador, contra Roger Felipe Naumtchyk Moreira, filho do jornalista, pelo suposto crime de denunciação caluniosa. O herdeiro tornou público que teria sofrido abusos cometidos pelo famoso, o que Cid sempre negou.

A coluna Fabia Oliveira teve acesso com exclusividade à decisão da promotora Flavia Meschick de Carvalho Vieira, do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que determinou o arquivamento do inquérito. Segundo o documento, houve a “prescrição da pretensão punitiva”, ou seja, o crime teria prescrito.

Além disso, a promotora reforça que o crime de denunciação caluniosa só pode ser compreendido com a “efetiva instauração do inquérito policial”. Explicando melhor: só se pode dizer se houve ou não o crime, após o término do procedimento investigatório, o que não aconteceu neste caso.

Para quem não se lembra, a coluna refresca a memória: Roger acusou Cid Moreira por supostos abusos durante a infância. Ele foi viver com o jornalista aos 14 anos, por meio da tia, Maria Ulhiana Naumtchyk, então esposa do ex-apresentador do Jornal Nacional. Roger afirma que os abusos começaram logo no início da convivência, ainda na década de 1990.

6 imagens

Após excluir filhos, saiba pra quem Cid Moreira deixou a herança

Cid Moreira era figura certa nas redes sociais
Cid Moreira
Cid Moreira no JN
O jornalista Cid Moreira morreu nesta manhã
1 de 6

Cid Moreira e o filho, Roger Naumtchyk

Reprodução

2 de 6

Após excluir filhos, saiba pra quem Cid Moreira deixou a herança

INstagram/Reprodução

3 de 6

Cid Moreira era figura certa nas redes sociais

Instagram/Reprodução

4 de 6

Cid Moreira

Reprodução/AG News

5 de 6

Cid Moreira no JN

Reprodução

6 de 6

O jornalista Cid Moreira morreu nesta manhã

Reprodução

Relembre

Em outubro, ele detalhou o que teria ocorrido entre ele e Cid Moreira. “Nessa época, para mim, aquilo não era estupro ou assédio. Não considerava um abuso, nem imaginava o que era aquilo. Só agora, mais recente, entendi que fui abusado. Um tipo de estupro”, começou Roger.

“Depois de uns dois meses morando com ele, voltando para dentro de casa, me deparei com ele fora da sauna completamente nu. Aquela situação me deixou em choque, a gente está falando em 1990. Eu era ingênuo em relação a isso. Subi logo ao escritório. Pouco tempo depois ele começou a dar uns gritos na sauna e desci correndo, achei que ele tivesse se machucado. E aí vi que ele estava se masturbando”, ressaltou.

“Algum tempo depois, comecei a fazer a sauna com ele a seu pedido. Era 24 horas com ele, se ele ia para a Globo, eu ia também. Eu era sua sombra, considerado o carregador de malas, na Globo falavam que eu era ‘garotão do Cid’. Mas ele me tratava como filho. Até que um dia, nessas saunas, ele pediu para que eu passasse a ajudá-lo na masturbação”, narrou.

Em fevereiro, antes de morrer, Cid Moreira se manifestou sobre as acusações por meio de sua assessoria. Na ocasião, ele chamou a denúncia de “absurda” e “difamatória”. “Aos 97 anos de idade, Cid Moreira se depara novamente com uma declaração caluniosa proferida por Roger Moreira, que já o processou em outras cinco ocasiões sem êxito. Esta não é a primeira vez que Roger acusa Cid de maneira absurda e difamatória”, dizia o comunicado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.