Blogueiro que tentou explodir Aeroporto de Brasília vai ao semiaberto

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) concedeu, nesta sexta-feira (13/12), progressão ao regime semiaberto em favor do blogueiro Wellington Macedo de Souza (foto em destaque), o homem que tentou explodir um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022.

A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que considerou que Wellington não cometeu falta grave nos últimos seis meses.

Wellington poderá fazer trabalho externo e ter saídas temporárias. O blogueiro terá, em até 20 dias, cadastro na Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) para poder atuar.

Na decisão, o juiz Marcus Paulo Pereira Cardoso considera que “inexistem faltas graves pendentes de apuração imputadas ao sentenciado” e, por isso, o regime semiaberto foi concedido, em concordância com o pedido do MP.

O “homem-bomba” está preso em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda desde setembro de 2023. Dois anos após a tentativa de explosão, ele poderá passar o Natal fora da cadeia.

“Preso do Xandão”

Antes de se envolver no planejamento do ato terrorista, o condenado havia sido preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que passou a ser chamado de “Xandão” nos círculos bolsonaristas. Em razão disso, Wellington se apresentava como “Preso do Xandão”.

As investigações da polícia revelaram que Wellington usava tornozeleira eletrônica quando colocou explosivo em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro de 2022 Ele planejou o atentado com os também bolsonaristas Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32, e George Washington de Oliveira Sousa, 54.

Conhecido frequentador do acampamento golpista que permaneceu montado por mais de 70 dias em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, Wellington recebeu quatro parcelas do auxílio emergencial em 2020 e até trabalhou no antigo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, durante a gestão da atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF), em 2019.

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