Derrite trocará de partido para disputar Senado ou governo de SP

Secretário de Segurança Pública de São Paulo, o deputado licenciado Guilherme Derrite vai trocar o PL pelo PP para disputar o governo estadual ou uma vaga no Senado nas eleições de 2026. A informação é do presidente nacional do Progressistas, o senador Ciro Nogueira. De acordo com o dirigente, a troca de partido já foi alinhada com o chefe do PL, Valdemar Costa Neto, e com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O objetivo, disse em entrevista à coluna, é consolidar o arco de alianças do campo conservador em 2026. “Vamos ter quatro candidaturas na chapa majoritária em São Paulo [governador, vice e duas vagas ao Senado]. Não vai poder todo mundo ser do PL ou do Republicanos. Fatalmente, até para acomodar, [a troca de legenda] facilita.”

“O Derrite era do Progressistas. Só se filiou ao PL para concorrer na última eleição porque o Progressistas não estava no primeiro turno com o Tarcísio [Republicanos]. Em 2026, eleger Derrite para um cargo majoritário em São Paulo será a prioridade do Progressistas”, disse Ciro Nogueira.

O dirigente afirmou ainda que a definição sobre o cargo que o secretário disputará depende do atual governador. “Se Tarcísio for candidato a presidente, vou defender que Derrite concorra a governador de São Paulo”. Já numa eventual chapa para o Senado, que terá duas vagas em 2026, Ciro Nogueira defende que Derrite faça dobrada com Eduardo Bolsonaro, que permanecerá no PL.

Interlocutores do secretário de Segurança confirmam as tratativas de filiação ao PP, mas dizem que Derrite mira o Senado e descarta concorrer ao governo de São Paulo. A corrida ao Palácio dos Bandeirantes seria carta fora do baralho porque Tarcísio tem repetido que disputará a reeleição.

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Ciro Nogueira diz que Senado precisa superar crise com o STF

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Derrite vai mudar de partido para disputar eleições de 2026, diz Nogueira

William Cardoso/Metrópoles

Segurança pública

Para Ciro Nogueira, a recente crise na segurança pública de São Paulo não abalará os planos de Derrite de concorrer a um cargo majoritário. O dirigente argumenta que o secretário não pode ser punido por erros de policiais que cometeram abusos, como o caso do PM que arremessou um homem de uma ponte.

“A política de segurança pública de São Paulo é um exemplo. Não é porque algumas pessoas erraram que nós vamos condenar toda a instituição, que é um exemplo para o país. Você pega os números. Os números do combate à violência em São Paulo são um exemplo para o país inteiro. Eu queria muito que tivesse esses números no meu estado, o Piauí. Não tem. Então, aquelas cenas que chocaram o país, aquelas pessoas têm que ser condenadas, aquelas pessoas têm que ser punidas exemplarmente”, cobrou Ciro Nogueira.