SP: 81 entidades denunciam Tarcísio e Derrite por violência policial

São Paulo — Mais de 81 entidades, organizações do movimento negro e organizações da sociedade civil brasileira assinaram uma denúncia contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, pelo aumento da violência policial na capital paulista.

No documento, protocolado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), as entidades apontam que “a violência policial não é um fenômeno isolado ou acidental, mas sim parte de um padrão estrutural de discriminação e violência racial”.

O texto cita casos como o massacre do Carandiru, em 1992; as chacinas de Osasco, em 2015, e de Paraisópolis, em 2019; a Operação Escudo, em 2023, e a Operação Verão, em 2023/24, na Baixada Santista; a invasão de velórios; o rapaz jogado de uma ponte; e os índices de mortes atribuídos ao Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) em Bauru.

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Além das organizações, também assinaram a denúncia grupos de familiares e mães das vítimas da violência policial. O documento foi protocolado nessa sexta-feira (20/12) junto à Organização dos Estados Americanos (OEA).

Os movimentos negros UNEafro Brasil, MNU, Instituto de Referência Negra Peregum, Geledes – Instituto da Mulher Negra, Associação Amparar – Amigos e Familiares de presas e presos, Casa Sueli Carneiro, Inciativa Negra Por Uma Nova Política de Drogas, Rede de Proteção Contra o Genocidio, e outras organizações se reuniram no início de dezembro para construir um espaço de ação unificada de fortalecimento na resistência à violência policial.

A denúncia também pede que a CIDH acompanhe os casos e faça recomendações oficiais ao estado brasileiro para diminuir a violência. Os representantes dos movimentos serão recebidos em audiência pelo secretário de Segurança Multidimensional da OEA, Ivan Marques.

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