É Assim Que Acaba: entenda o caso de assédio sexual envolvendo Blake Lively

Faltam poucos dias para 2024 acabar, mas o filme É Assim que Acaba continua a gerar polêmicas. No último sábado (21), o The Hollywood Reporter revelou que Blake Lively entrou com uma ação judicial contra Justin Baldoni, seu diretor e colega de elenco no título, acusando-o de assédio sexual e ambiente de trabalho hostil.

A notícia causou choque em muitos fãs, já que embora os bastidores do filme sejam alvo de especulações há meses – desde que o diretor e a atriz fizeram uma campanha de divulgação separada –, o processo de Lively traz novas camadas à história, mostrando uma versão muito diferente daquela que, até então, havia sido espalhada em Hollywood.

Polêmicas começaram durante divulgação do filme

Longa baseado no livro de mesmo nome de Colleen Hoover, É Assim que Acaba chegou aos cinemas em agosto deste ano, contando a história de Lily (Blake Lively), mulher que acredita ter encontrado o amor nos braços de Ryle (Justin Baldoni), mas pouco a pouco é sugada para dentro de um relacionamento violento.


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Enquanto tenta lidar com a situação, que relembra traumas de seu passado, Lily reencontra Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), seu primeiro amor da infância, um homem que balança os sentimentos da protagonista.

 

Muito aguardado desde seu anúncio, É Assim que Acaba gerou grande polêmica na época de sua estreia, já que era visível que algo havia acontecido entre a estrela e o diretor do filme, nunca vistos juntos e com discursos muito diferentes em frente às câmeras.

Enquanto Lively aparecia nos eventos de divulgação ao lado de seus colegas com roupas florais, tentando “vender” o título como um romance, Baldoni aparecia sempre sozinho, dando entrevistas que falavam sobre a seriedade do tema tratado e trazendo luz ao problema da violência doméstica. 

Um mal-estar que perdurou por todo o mês de agosto e fez com que Lively – “acusada”, inclusive, de pedir ajudar ao marido, Ryan Reynolds, para mexer em um corte do filme sem o conhecimento de Baldoni  – virasse alvo de críticas na internet.

Processo movido por Blake Lively conta história diferente

É Assim Que Acaba chegou aos cinemas em agosto de 2024 (Imagem: Divulgação/Sony Pictures Releasing)

Agora, no entanto, o The Hollywood Reporter revelou uma parte que, até então, parecia oculta desta história.

De acordo com o jornal, que teve acesso ao processo movido pela atriz contra o diretor e colega de elenco, Justin Baldoni, Blake Lively alegou que as filmagens de É Assim que Acaba foram terríveis, feitas em um ambiente de trabalho completamente hostil.

De acordo com a atriz, o clima do set chegou a um ponto tão insustentável que foi necessário haver uma reunião com todos os envolvidos na produção (segundo o TMZ, o encontro também contou com a presença do ator Ryan Reynolds), na qual a atriz apresentou uma série de imposições necessárias para colocar um limite à situação.

Entre as exigências feitas pela artista estavam que Baldoni não mostrasse mais vídeos ou imagens de mulheres nuas para Lively; que não mais mencionasse o suposto “vício em pornografia” anterior que possuía; que não discutisse mais sobre suas experiências sexuais na frente da atriz e de outros membros da produção; que não falasse mais sobre a genitália do elenco e da equipe; e não fizesse mais perguntas sobre o peso da protagonista.

Além disso, havia ainda uma exigência envolvendo o próprio roteiro do filme, que requeria que não houvessem mais adições de cenas de sexo, sexo oral ou clímax na câmera feitas por Blake Lively fora do escopo do roteiro já aprovado e assinado pela atriz.

Além de diretor, Baldoni tambémfoi a co-estrela do filme, dando vida ao par romântico violento da protagonista (Imagem: Divulgação/Sony Pictures Releasing)

Uma série de medidas que, segundo relatado no processo, foram acolhidas e aprovadas pelo Wayfarer Studios, produtora responsável pelo longa e cofundada por Justin Baldoni.

Blake acusa Baldoni de destruir sua reputação

O processo movido por Lively, no entanto, não para por aí.

Além do clima hostil e de assédio sexual relatado pela atriz, a ação explica ainda que, assim como toda a equipe de É Assim que Acaba, a atriz tinha a obrigação contratual de divulgar o filme focando na força e resiliência da personagem principal, e não no tema da violência doméstica. Uma exigência que explicaria o tom adotado por ela, a autora Colleen Hoover e outros membros da equipe durante a divulgação do título.

Segundo a artista, no entanto, essa exigência contratual foi descumprida por Baldoni, que passou a focar nos aspectos mais sérios da história na tentativa de proteger sua imagem pública e jogar Lively aos leões, movendo uma campanha de “manipulação social” para destruir sua reputação junto à imprensa.

Campanha do filme chamou atenção por distancimaneto dos protagonistas e discursos sobre o filme tão diferentes (Imagem: Divulgação/Sony Pictures Releasing)

De acordo com a atriz, essa manobra fez, inclusive, com que parte dos envolvidos na produção deixassem de seguir o diretor nas redes sociais e evitassem aparecer com ele em público. Um clima hostil bem visível para a imprensa na época.

“Espero que minha ação legal ajude a desvendar essas táticas de retaliação sinistras para prejudicar pessoas que falam sobre má conduta e ajude a proteger outras pessoas que podem ser alvos”, disse à atriz ao The Hollywood Reporter.

Justin Baldoni, por sua vez, não fez nenhum comentário direto à imprensa, mas permitiu que seu advogado, Bryan Freedman, a Wayfarer Studios e seus representantes enviassem uma declaração ao folhetim.

“É vergonhoso que a Sra. Lively e seus representantes façam acusações tão sérias e categoricamente falsas contra o Sr. Baldoni, Wayfarer Studios e seus representantes, como mais uma tentativa desesperada de ‘consertar’ sua reputação negativa, que foi obtida de suas próprias observações e ações durante a campanha para o filme […] Essas alegações são completamente falsas, ultrajantes e intencionalmente obscenas com a intenção de ferir publicamente e refazer uma narrativa na mídia”, disse Bryan Freedman, advogado do diretor.

Ainda de acordo com o comunicado, a Wayfarer Studios contou ter tomado a decisão de contratar um gerente de crise antes mesmo da campanha de marketing do filme começar em razão das múltiplas demandas e ameaças feitas por Lively durante a produção.

Segundo Freedman, a atriz havia ameaçado, dentre outras coisas, “não aparecer no set e não promover o filme”, e teria ainda convocado sua própria representante, Leslie Sloan, para plantar histórias falsas, negativas e fabricadas na mídia, antes mesmo do início da campanha de marketing de È Assim que Acaba.

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