Cláudio Castro acredita que reprovação de seu governo no Rio se deve à segurança e critica Paes

Rio de Janeiro – O governador Cláudio Castro (PL) concedeu entrevista ao jornal Globo e atribuiu as críticas à sua gestão da segurança pública como um reflexo de limitações legais impostas ao estado.

Em entrevista ao jornal O GLOBO, Castro questionou a postura do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), e levantou dúvidas sobre a lealdade do gestor ao povo ou ao governo federal. Ele também celebrou avanços fiscais do estado e discutiu cenários políticos para 2026.

O governador classificou como “nenhuma” sua responsabilidade no aumento da criminalidade e apontou decisões do STF, como a ADPF 635, e outras medidas jurídicas como fatores que dificultam ações ostensivas da polícia. Castro rebateu críticas de aliados como Alexandre Ramagem (PL) e mencionou melhorias implementadas, como o aumento do efetivo policial e a expansão do programa Segurança Presente.


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Críticas à segurança pública

Castro admitiu que a segurança pública afeta sua avaliação na capital, mas destacou resultados positivos no interior do estado. Ele acusou o governo federal de falhas no controle de fronteiras e questionou: “Quem é o patrão do Eduardo, o povo ou o Lula?”. O governador também mencionou o alto índice de votos em candidatos ligados ao grupo político de Paes em áreas de influência miliciana.

Para melhorar a segurança, Castro afirmou ter elevado o salário da polícia ao terceiro maior do país, contratado mais policiais e expandido o uso de câmeras corporais. Ele argumentou que o atual cenário jurídico favorece criminosos e enfraquece a ação policial.


Confrontos políticos e alianças

Questionado sobre a próxima eleição estadual, Castro indicou três possíveis sucessores: Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj; o vice-governador Thiago Pampolha; e o secretário de Transportes, Washington Reis. Ele afirmou que eventuais atritos com Bacellar são “normais” e destacou a força política do grupo.

Em relação a críticas de Pedro Paulo, aliado de Eduardo Paes, Castro o chamou de “inconfiável” e sugeriu que as acusações refletem interesses políticos. Sobre a eleição presidencial de 2026, o governador reiterou o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de sua inelegibilidade, e mencionou Tarcísio de Freitas como possível alternativa do partido.


Avanços fiscais com o Propag

Castro celebrou a aprovação do Propag, programa de renegociação das dívidas estaduais, como um marco fiscal que dará fôlego financeiro ao estado. Ele destacou a redução das parcelas anuais de R$ 13 bilhões para cerca de R$ 3 bilhões e a inclusão de dívidas relacionadas a obras de infraestrutura como fatores-chave para o equilíbrio das contas públicas.


Entenda o caso: segurança e política no RJ

  • ADPF das Favelas: Decisão do STF que limita operações policiais no Rio.
  • Criminalidade: Castro atribui alta ao enfraquecimento da polícia por decisões jurídicas.
  • Propag: Programa de renegociação fiscal aprovado com impacto positivo para o estado.
  • 2026: Cenários políticos incluem possível candidatura de Castro ao Senado.
  • Tensão política: Críticas entre Castro e Eduardo Paes refletem disputa por protagonismo no estado.

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