Obras restauradas e discurso: Lula participa de eventos do 8/1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, nesta quarta-feira (8/1), de eventos em memória aos dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes em  8 de janeiro de 2023. As solenidades ocorrem no Palácio do Planalto, nesta manhã.

Primeiro, há a entrega das obras de arte restauradas. São as principais:

  • Relógio de Balthazar Martinot, reparado em parceria com o governo da Suíça. O item é raro, feito de casco de tartaruga e um bronze que não é mais produzido. Ele foi trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808;
  • Ânfora, espécie de vaso ou urna, italiana em cerâmica esmaltada. Ela se partiu em 180 fragmentos durante a depredação no Palácio do Planalto;
  • Quadro As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti, que sofreu sete punhaladas no momento do ataque. A pintura está recuperada, mas a equipe responsável pelo remendo deixou no verso as “cicatrizes” do 8 de janeiro;
  • Escultura Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg. A obra havia ficado rompida em quatro partes.

Em seguida, Lula fará uma fala e, ao fim, o chefe do Executivo se desloca para a Praça dos Três Poderes acompanhado de representantes do Legislativo e Judiciário.

O Senado é representado pelo primeiro vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), alegou ter uma viagem internacional já marcada.

Não há substituto oficial para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que acompanha o pai na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Edson Fachin, ministro e vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), está escalado para representar a Corte. Ele tem dividido o plantão do Judiciário com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e fica à frente da Corte até 19 de janeiro.

Presos e denunciados

Nesses dois anos após os atos golpistas, 898 pessoas foram responsabilizadas pelos atos. Delas, 155 se encontram presas, sendo 78 detidas de forma provisória, 70 em definitivo e 7 em regime domiciliar.

Mais de 1,6 mil receberam denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR), em acusações por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

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