Em Caracas, dirigente do PT chama posse de Maduro de momento histórico

Em meio a denúncia da prisão de María Corina Machado, uma dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) chamou a posse de Nicolás Maduro de “momento histórico” para a soberania do país A declaração aconteceu nesta quinta-feira (9/1), no momento em que os primeiros relatos da detenção da líder oposicionista começaram a surgir.

“Aos venezuelanos que nos acompanham, nosso mais profundo e caloroso abraço fraterno de irmãos e irmãs de toda a América Latina e Caribe, nesse momento histórico em que o povo venezuelano toma em suas mãos sua soberania, sua libertação, com a posse do presidente Nicolás Maduro Moros”, disse Mônica Valente durante reunião do Foro de São Paulo em Caracas.

Valente é a atual secretária executiva da organização, que reúne partidos de esquerda. Ela também atua como membro do Diretória Nacional do Partidos dos Trabalhadores (PT).

Em Caracas, representante do PT chama posse de Maduro de “momento histórico de soberania”.

Mônica Valente participou de reunião do Foro de São Paulo e foi cobrada por um representante de Cuba para que o Brasil aceite a Venezuela como membro dos Brics.

Fala de Valente, que é… pic.twitter.com/jVgKRv3k0G

— Metrópoles (@Metropoles) January 9, 2025

Prisão de María Corina

Ao mesmo tempo em que a diretora do PT parabenizava a vitória de Maduro, a oposição venezuelana denunciava a prisão de María Corina Machado. 

De acordo com comunicado divulgado pelo Comando ConVzla, grupo que liderou a campanha contra Maduro, ela foi detida ao sair de uma manifestação no bairro de Chacao, no estado de Miranda.

Machado chegou a ser apontada como o principal nome para disputar o pleito de julho passado. Contudo, ela foi impedida de participar das eleições após ser alvo de uma decisão de Justiça da Venezuela, comandada pelo chavismo.

Durante a corrida presidencial, a ex-deputada apoiou a candidatura de Edmundo González, que foi forçado a deixar o país. Ele buscou asilo político na Espanha após ser alvo de uma ordem de prisão.

Com o aumento da repressão contra a oposição, Machado entrou na clandestinidade e não e seu paradeiro era desconhecido. Ela fez sua primeira aparição em público, em cinco meses, nesta quinta, ao participar de uma manifestação contra Maduro.