O discurso de Bolsonaro (por Roberto Caminha Filho)

Decorridos quinze horas do dia 25 de fevereiro de 2024 do ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, iniciaram os discursos pela alma do Presidente Jair Messias Bolsonaro, político morto e insepulto, com corpo perambulando por diversos lugares do Brasil, sempre à procura de muita reza para que não seja enterrado de vez.

A culpa desse momento trágico, daquele que foi o político mais aplaudido por milhões de brasileiro, nos últimos quarenta anos, juntamente com a sua família, não é minha nem sua, é única e exclusivamente dele e de seus pimpolhos. Os Bolsonaros passaram quatro anos no poder total da República, a tirar graça com o voto do povo brasileiro, cultivando uma personalidade que o povo já havia formado e dado de presente para Jair e seus descendentes.

O Presidente Bolsonaro poderia tirar graça com todos os políticos do Brasil, mas deveria tomar conta da sua cozinha verde-amarela, assim como, com a maioria dos tribunais e ter a certeza de que uma cabo e dois soldados estariam à sua disposição, na hora de entrar no SUPREMO e despir os seus grandes e cruéis adversários.

Era um 7 de setembro, e o povo, unido, pediu que ele ele entrasse nos Tribunais inimigos e os fechasse, e ele negou-se a fazer o que o povo pediu, devidamente equipado de verde-amarelo.

Fez-se de anjo e deixou multidões de brasileiros nas portas dos quartéis e praças, implorando para que não nos tornássemos Cuba, Venezuela e alguns poucos africanos. Ele viu, ouviu, e sentiu que as suas brincadeiras, durante os quatro anos de poder, não deixaram a tropa nas suas mãos e nem nas mãos do General Mourão. O poder havia mudado de residência e estava vestido com toga e era de cor negra. O Presidente, no cargo e sem amigos, não mandava mais nem no Palácio da Alvorada.

O Presidente Bolsonaro ainda é um homem que arrasta mais de um milhão de pessoas para a Avenida Paulista para ouvir o seu discurso. A palavra de um grande orador não foi o dom que Deus lhe deu. O discurso do Presidente Bolsonaro não é de levantar as massas para uma luta pela liberdade ou pelas regras constitucionais que frequentemente são pisoteadas pelos que têm a obrigação de zelar por elas, assim que juram, de pés juntos, que não deixarão ninguém olhar feio para aquele livro sagrado.

Eu vi um presidente jogar o poder, que é do povo, para o povo resolver, ora, ora… isso todos já estavam carecas de saber, desde o Presidente Temer, que depois de afastar a Presidente Dilma, prender o Presidente Lula e acabar com o Partido dos Trabalhadores, entregou o Brasil, de mãos beijadas, para a família Bolsonaro brincar de Presidencialismo. Os discursos do Pastor Malafaia, inspirado pelo Filho, com quem ele diz ter uma grande intimidade, mostrou que a prisão do Presidente Bolsonaro só trará convulsões para o nosso Brasil, que não merece uma única semana de parada de caminhoneiros e do pessoal do Agro. O futuro do nosso país, como disse o Dr. Tarcísio,  Governador de São Paulo, é realmente daqueles que estavam pelo palanque. No palanque estavam o Governador Zema, de Minas Gerais, o Dr. Caiado, Governador de Goiás e ele próprio, que não era nada, antes do Presidente esculpi-lo e dando-lhe uma martelada, disse: Parla!

Nessa história de política não há vácuo. O Presidente Lula indo atrás de lutas que não são nossas e o Presidente Bolsonaro sem argumentos válidos para trezentos milhões de brasileiros, abre-se um vácuo para que os novos políticos ganhem o cargo mais cobiçado do nosso Brasil.

A única coisa boa da manifestação, foi o pedido do Presidente Bolsonaro para que deputados e senadores façam um projeto de anistia aos mártires do 8 de janeiro, sejam eles quem forem.

 

Roberto Caminha Filho, economista, marqueteiro mirim, não tira graça com voto e muito menos com eleitores

Adicionar aos favoritos o Link permanente.