Família coloca 46 gatos para adoção após morte de protetora de animais

Cuidadora de bichos, Maria Helena Santos, 59 anos, acolhia 46 gatos na casa onde morava, na região conhecida como Chaparral, em Ceilândia. No entanto, a protetora de animais morreu nessa quarta-feira (14/1).

Maria Helena não sobreviveu a um câncer de mama e nos ossos. Pouco antes do adeus, porém, ela fez um último pedido à família: “Cuidem bem dos meus gatinhos. Não deixem ninguém soltá-los na rua”.

Agora, os pets precisam de ajuda e novos lares, pois o marido de Maria Helena, Ailon Galdino, 73, não tem condições físicas nem de saúde para manter os animais.

Filha de Maria Helena, a operadora de caixa Camila Santos, 20, contou que a mãe amou os gatos com todas as forças e chegou a deixar de ir ao hospital, além de sair de madrugada, para levar os bichanos ao veterinário.

Neste sábado (17/1), o pet shop Pegada Animal ajudará a família e promoverá uma feira de adoção dos gatos, das 10h às 20h, na loja que fica perto de uma das entradas para Vicente Pires na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).

Veja imagens de alguns dos animais:

8 imagens

Fechar modal.

1 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

2 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

3 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

4 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

5 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

6 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

7 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

8 de 8

Após morte de protetora, 50 gatos buscam ajuda e novos lares

Material cedido ao Metrópoles

Apesar de sempre ter apreço pelos animais, a jornada da protetora nessa função começou em 2014, quando Camila resgatou uma gata em frente a uma pizzaria no Riacho Fundo 1. Em 2015, Maria Helena lutava contra o avanço de um câncer. Mas, mesmo doente, nunca deixou faltarem recursos para os bichos.

Maria Helena desenvolveu apego pela gata e decidiu assumir os cuidados com a pet, que recebeu o nome de Juli. Em 2017, a defensora dos animais adotou cinco filhotes de uma gata vítima de atropelamento. E, em 2021, começou resgatar felinos das ruas frequentemente.

Outro gesto de afeto da mãe ficou marcado na memória de Camila. Em 2022, Maria Helena passou uma semana cuidando de uma gata chamada Athena, em um hospital veterinário. “Era como se fosse um bebê, uma criança pequena”, contou a filha.

Como adotar ou contribuir

Os gatos de Maria Helena estão com a família, que disse haver comida suficiente para eles se alimentarem até o fim deste mês.

Porém, pela falta de condições de manter os pets, os parentes da cuidadora de animais contam com a ajuda de organizações não governamentais (ONGs) e de possíveis interessados em dar um lar temporário aos felinos ou adotá-los de maneira responsável.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Camila, pelo telefone 61 982-098-312.