Bolsonaro diz que Michelle disputará Senado e cita filhos ao Planalto

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à coluna, nesta quinta-feira (23/1), que estava falando no campo das hipóteses quando admitiu a possibilidade de lançar sua esposa, Michelle Bolsonaro, como candidata ao Palácio do Planalto em 2026, caso ele permaneça inelegível.

À coluna, Bolsonaro explicou que não há, hoje, nada negociado para que a ex-primeira-dama seja candidata à Presidência. Ele ressaltou que Michelle é “candidata ao Senado” pelo Distrito Federal e que, da família, a prioridade seria lançar um de seus filhos ao Planalto.

“Não, tem nada negociado, nada conversado. Ela vem candidata ao Senado aqui em Brasília. Se tivesse que botar alguém da família, seria o Flávio (Bolsonaro), o Eduardo (Bolsonaro)”, declarou o ex-presidente à coluna.

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Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro

O deputado Eduardo Bolsonaro foi chamado de "futuro presidente"  por Steve Bannon
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) concede entrevista
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O ex-presidente Jair Bolsonaro falou sobre os possíveis sucessores caso não possa concorrer à Presidência da República em 2026

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Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro

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O deputado Eduardo Bolsonaro foi chamado de “futuro presidente” por Steve Bannon

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Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) concede entrevista

Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ex-mandatário ponderou, contudo, que os dois filhos são hoje candidatos ao Senado. “Preciso do Flávio no Senado, preciso da eleição do Eduardo para o Senado também. Eles têm um bom jogo de cintura no Legislativo. Não posso abrir mão disso”, disse.

“Agora o que eu tenho dito sempre: eleição sem mim, por essa inelegibildiade, é uma afronta à democracia. Agora pode alguns de um tribunal decidirem quem é candidato e quem não é. Qual o motivo? Porque conversou com embaixadores e agora está inelegível? Não tem cabimento isso”, emendou.

Michelle candidata?

Em entrevista à CNN Brasil mais cedo, Bolsonaro foi provocado sobre nomes que poderia apoiar à Presidência da República, caso ele permaneça inelegível. Quando o nome de Michelle foi citado, o ex-presidente afirmou não ter problemas em lançar a esposa.

“Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, afirmou Bolsonaro à CNN Brasil.

A declaração provocou forte repercussão política e levou aliados e opositores a compararem Bolsonaro com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que tentou nomear Lula como ministro da Casa Civil em 2016, para impedir o avanço do impeachment da petista.

“Quando a jornalista fez a entrevista, citou vários nomes para a presidência. Eu nem ia falar nada. Ia ficar na hipótese. Citaram Caiado, Tarcísio. Quando chegou na Michelle, a jornalista falou Michelle. Não fui eu que falei. Aí respondi que só se eu fosse chefe da Casa Civil, para entenderem que (o meu nome na Casa Civil) seria para dar equilíbrio político. Mas Michelle é candidata ao Senado aqui em Brasília”, explicou Bolsonaro à coluna após a entrevista.

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