Quem é o ‘barão da facção’, marido de jovem sequestrada em SC e morta em briga de organização

O marido de Camila Florindo D’Avila é conhecido como o “barão da facção”. Ele foi preso, na manhã desta quinta-feira (23), por causa da sua função no PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e envolvimento no tráfico de drogas.

Quem é o 'barão da facção', marido de jovem sequestrada em SC e morta em briga de organização

Quem é o ‘barão da facção’, marido de jovem sequestrada em SC e morta em briga de organização – Foto: Arquivo pessoal/ND

Ele ocupava um cargo de liderança no PGC e comandava negócios de tráfico na cidade do Norte catarinense. De acordo com a investigação, o homem acumulou inimigos, que tinham vontade de assumir o poder que ele tinha na organização criminosa. Só que para a mudança acontecer, o marido de Camila precisaria “cair”.

Grupo planejou queda de “barão da facção”

Fernandes Nogueira Barros, conhecido como “mafioso”, teria encomendado o sequestro e morte do marido de Camila, com quem teria desavenças. Em 8 de outubro de 2024, o homem conseguiu fugir e o grupo envolvido no crime levou a jovem.

De acordo com a Polícia Civil, após o sequestro da esposa, ele fugiu de Araquari para Florianópolis. Lá, se relacionou com outra mulher, a engravidou e continuou os negócios do tráfico de drogas. Após saber da morte da companheira, mudou para Palhoça, na Grande Florianópolis, na tentativa de despistar a investigação, mas acabou detido.

“A captura dele foi bastante trabalhosa, o trabalho para capturá-lo foi muito grande, tendo em vista que ele é altamente envolvido com o crime organizado e possui muitos vínculos onde ele podia se esconder”, conta o delegado José Gattaz Neto.

A mãe de Camila, Jaqueline Florindo, ficou aliviada ao receber a notícia da prisão do ex-genro. “É um grande alívio. Espero que não saia tão cedo de lá [prisão]. Porque ela [Camila] poderia estar aqui comigo se ele tivesse sido um homem de verdade e falado pra ela ‘tu não me acompanha e pronto’ […] mas ele pensou só nele”, desabafa.

Como aconteceu sequestro e morte de jovem

Com a fuga do alvo, os homens pegaram drogas, dinheiro e obrigaram Camila a entrar em um dos veículos clonados usados no crime, em 8 de outubro de 2024.

Na sequência, a vítima foi jogada em um cativeiro ainda em Araquari por cerca de uma hora e meia, depois foi levada ao Paraná. De acordo com a polícia, os criminosos se desentenderam na Região Metropolitana de Curitiba, e não houve um consenso sobre o que fazer com Camila. A briga terminou com um deles morto a tiros.

O grupo seguiu viagem e escolheu a zona rural de Ibaiti para se livrar da jovem. Os criminosos pensaram em liberar a garota, mas mudaram de ideia. Eles mataram Camila a tiros e enterraram seu corpo em uma região de mata fechada. A polícia acredita que o crime ocorreu entre 9 e 10 de outubro.

Depois de três meses, o corpo da jovem foi encontrado na última terça-feira (14), em Ibaiti, cidade no interior do Paraná, a 457 km de Araquari.

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