“Não vai ter pirotecnia”, diz ministro Fávaro sobre baratear alimentos

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse nesta quarta-feira (29/1), após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o governo não vai fazer pirotecnia nas medidas para baratear o preço dos alimentos no país.

“As medidas são naturais. Não terão medidas heterodoxas”, disse o ministro da Agricultura, frisando que o presidente Lula tem negado fiscalização de preços, por exemplo. “Não vai ter pirotecnia”, completou Fávaro.


O que está acontecendo

  • Governo Lula (PT) está estudando medidas para baratear o preço dos alimentos, que afeta mais intensamente o bolso do brasileiro mais pobre.
  • O preço dos alimentos puxou a alta na inflação de 2024, que fechou o ano em 4,83% – acima da meta projetada pela equipe econômica do governo.
  • Na semana passada, o Palácio do Planalto descartou o tabelamento de preços para forçar a queda nos valores dos alimentos.

Fávaro ainda adiantou que haverá, nesta quinta-feira (30/1) uma reunião mais ampla com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Companhia Nacional de Abastecimentos, para a equipe ministerial seguir trabalhando. “São medidas técnicas, amanhã temos outra reunião aqui na Fazenda, mas ampla, que vem MDA, Conab, para que a gente possa continuar trabalhando sem nenhuma medida heterodoxa, nenhuma pirotecnia”.

“São medidas passo a passo, sem nenhum tipo de surpresa, sem nenhuma pirotecnia. Vamos estar buscando essa estabilidade [dos preços]”, completou.

Ele reforçou o que vem dizendo o ministro da Fazenda sobre os impactos imediatos da queda do dólar e os efeitos de médio prazo da safra prevista para o ano sobre o preço dos alimentos. “O dólar caindo tira o calor sobre os preços dos alimentos. Uma supersafra que se avizinha e com isso vai ter fartura no campo, os preços devem ceder mais um pouco, um novo Plano Safra que estimule a produção”.

Importações e exportações

Sobre a lista de alimentos que podem ter alíquota de importação reduzida, Fávaro respondeu: “Vamos desmitificar isso. Não é uma medida para importar alimento, para afrontar a agropecuária brasileira. De jeito nenhum. Mas pontualmente, se tiver”.

Ele explicou que uma medida pontual, sem apertar a produção interna, pode ser estudada. O ministro ponderou que ela será feita “com muita tranquilidade, com muito equilíbrio”.

O titular da Agricultura ainda defendeu as exportações brasileiras. “Quando a gente bate recorde de exportação não está concorrendo com o mercado interno. Ao contrário, nós estamos estimulando a economia, gerando emprego, gerando renda. E aí a renda mais alta para o brasileiro ele consegue comprar mais alimentos”, argumentou.

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