Governo avalia baixar juros de alimentos no Plano Safra, diz ministro

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse nesta quarta-feira (29/1) que o governo Lula (PT) estuda juros mais baixos em alguns produtos no âmbito do Plano Safra 2025/2026. Ele discutiu o assunto em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta quarta.

“Nós vamos fazer, por exemplo, direcionamentos de taxas de juros. Já que nós não temos um orçamento que pode ter taxas de juros muito atrativas para todo o Plano Safra, em virtude da Selic tão alta, vamos ver o que é importante: arroz, feijão, hortifrutis”, disse o titular da Agricultura.

A ideia, segundo ele, é dar mais estímulo para o produtor produzir mais. “Isso ajuda a conter a inflação”, argumentou.


O que está acontecendo

  • Governo federal está estudando medidas para baratear o preço dos alimentos, que afeta mais intensamente o bolso do brasileiro mais pobre.
  • O preço dos alimentos puxou a alta na inflação de 2024, que fechou o ano em 4,83% – acima da meta projetada pela equipe econômica do governo.
  • Na semana passada, o Palácio do Planalto descartou o tabelamento de preços para forçar a queda nos valores dos alimentos.

Fávaro ainda adiantou que haverá, nestaa quinta-feira (30/1) uma reunião mais ampla com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Companhia Nacional de Abastecimentos, para a equipe ministerial seguir trabalhando. “São medidas técnicas, amanhã temos outra reunião aqui na Fazenda, mas ampla, que vem MDA, Conab, para que a gente possa continuar trabalhando sem nenhuma medida heterodoxa, nenhuma pirotecnia”.

“São medidas passo a passo, sem nenhum tipo de surpresa, sem nenhuma pirotecnia. Vamos estar buscando essa estabilidade [dos preços]”, completou.

Na mesma linha do ministro da Fazenda, Fávaro disse que a queda do dólar terá efeitos imediatos e destacou a safra recorde prevista. “O dólar caindo tira o calor sobre os preços dos alimentos. Uma supersafra que se avizinha e com isso vai ter fartura no campo, os preços devem ceder mais um pouco, um novo Plano Safra que estimule a produção”.

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