Confira 6 estratégias para deixar de comer alimentos ultraprocessados

Emagrecer, dormir bem, prevenir-se de doenças e ter condicionamento físico são condições que, para serem melhoradas passam por mudanças na alimentação. Enquanto alguns indivíduos em um estalar de dedos se adequam às trocas saudáveis no prato, outros sofrem — e muito — com as alterações nas refeições. Caso esteja “penando” em dar adeus aos ultraprocessados a fim de recorrer a opções nutritivas, duas nutricionistas têm conselhos preciosos para te auxiliar nessa missão.

Se pertence ao grupo de quem sempre está “petiscando” algum alimento ultraprocessado, a nutricionista Vanessa Furstenberger, de São Paulo, destaca que as pessoas que consomem essas opções com frequência têm um risco aumentado para doenças. Ela cita “diabetes, hipertensão, depressão, condições cardiovasculares, alguns tipos de câncer e mortes prematuras, além do aumento de peso.”

Foto colorida de balinhas, cupcakes, suco, refrigerante, bolo e guloseimas - Metrópoles
Alimentos ultraprocessados são ricos em açúcares, sódio, aditivos e corantes

Também de São Paulo, a nutricionista Marcella Ammirabile pondera ser difícil, de fato, abolir os ultraprocessados das refeições, por opções bastante “atrativas”. “A indústria alimentícia investe bilhões em pesquisas para tornar seus produtos cada vez mais saborosos e viciantes. A combinação perfeita de açúcar, gordura e sal ativa o sistema de recompensa do nosso cérebro, fazendo-nos querer mais e mais”, explica.

Segundo Marcella, é comum “sentir dificuldade em eliminar completamente os ultraprocessados da dieta”. “A mudança de hábitos leva tempo e exige dedicação. Seja paciente consigo mesmo e celebre cada pequena conquista”, salienta.

Estratégias

Abaixo, a nutricionista clínica elenca seis estratégias que podem ajudar nesse processo:

1. Aumento gradual de alimentos in natura

A especialista indica incluir mais frutas, legumes, verduras, grãos integrais, carnes magras e leguminosas nas refeições.

Foto de mulher com maçã verde na mão. Ela está escondendo com a outra mão um prato com um donut. Do lado dela tem um prato com salada de alface - Metrópoles - alimentação - hábitos para evitar câncer
Marcella Ammirabile esclarece quanto às trocas na alimentação

2. Leitura atenta dos rótulos

Marcella Ammirabile instrui verificar a lista de ingredientes e a tabela nutricional antes de comprar qualquer produto: “Opte por alimentos com menor quantidade de aditivos, açúcar e sódio.”

3. Preparo caseiro

Para os indivíduos “não caírem na tentação” de comer ultraprocessados, a nutricionista receita cozinhar as refeições, utilizando ingredientes frescos e saudáveis.

4. Substituições gradativas

“Comece substituindo os ultraprocessados por versões mais saudáveis, como trocar o refrigerante por água com gás e limão, ou biscoitos recheados por frutas secas”, sugere Marcella.

Água com gás em copo com gelo na placa de madeira vintage
Dê tchau para o refrigerante e escolha a água com gás

5. Consciência sobre gatilhos

A especialista recomenda identificar as situações que podem ocasionar o consumo de ultraprocessados e buscar alternativas mais saudáveis.

6. Acompanhamento nutricional

Marcella orienta recorrer a um profissional de nutrição para obter um plano alimentar personalizado e acompanhamento durante o processo de mudança na alimentação. Na avaliação da especialista, essa estratégia visa “fornecer alternativas específicas para cada caso.”

Mais conselhos

Em entrevista à coluna Claudia Meireles, a nutricionista Vanessa Furstenberger também incentiva a fazer a redução gradativa desse tipo de alimento. “Caso seja bastante difícil, vale tentar ir substituindo esses ultraprocessados por opções semelhantes, mas com ingredientes mais saudáveis”, prescreve.

Foto colorida de alimentos ultraprocessados, incluindo balinhas, barras de chocolate, copo de refrigerante, donuts, cookies e muffins - Metrópoles
Doces e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados com muito açúcar

Outra sugestão da especialista é ingerir os ultraprocessados apenas uma vez por semana. Ela reitera ser ideal “retirá-los totalmente do consumo, melhorando a saúde e beneficiando a longevidade.”

Confira como identificar um alimento ultraprocessado, conforme a nutricionista Marcella Ammirabile

  • Ingredientes complexos: se a lista de ingredientes for longa e tiver nomes que você não conhece, provavelmente é um alimento ultraprocessado.
  • Aditivos químicos: corantes, aromatizantes, conservantes e estabilizantes são comuns nesses alimentos.
  • Embalagens atrativas: as embalagens dos ultraprocessados costumam ser coloridas e chamativas, com informações nutricionais pouco claras.
  • Processamento industrial: alimentos que passaram por diversos processos de industrialização, como extrusão, fritura e adição de aditivos, são considerados ultraprocessados.

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