Corregedoria indicia PMs por envolvimento em morte de delator do PCC

São Paulo — A Corregedoria da Polícia Militar (PM) indiciou 10 policiais militares presos por suspeita de envolvimento no assassinato do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), ocorrido em novembro do ano passado. Outros sete PMs devem ser indiciados formalmente na próxima semana.

O indiciamento de 10 PMs foi confirmado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Fontes ligadas ao caso ouvidas pelo Metrópoles afirmam que todos os policiais serão indiciados. Eles responderão por organização criminosa e organização de grupo para prática de violência.

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução

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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

Reprodução/TV Band

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O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

Reprodução/TV Band

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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“O Inquérito Policial Militar (IPM) segue em andamento sob segredo de Justiça, razão pela qual mais informações serão preservadas. A Polícia Militar ressalta que não tolera desvios de conduta e pune com severidade todos os agentes que transgridem a lei”, afirmou a SSP, em nota.

Relembre o caso

  • Vinícius Gritzbach, de 38 anos, foi assassinado com 10 tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024.
  • O empresário era jurado de morte pelo PCC e acabava de retornar de uma viagem a Alagoas, onde permaneceu sete dias com a namorada e seguranças particulares, entre eles um policial militar.
  • Em delação, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções.
  • A Secretaria da Segurança Pública formou uma força-tarefa para investigar o crime. Até o momento, 17 policiais militares foram presos por envolvimento na execução e pelo trabalho de escolta pessoal de Gritzbach.
  • A investigação inicial, conduzida pela Corregedoria, evoluiu para um Inquérito Policial Militar instaurado no fim de 2024. Apurou-se que informações estratégicas vazadas por policiais militares – da ativa, da reserva e ex-integrantes da corporação – permitiam que membros da organização criminosa evitassem prisões e prejuízos financeiros.
  • Entre os principais beneficiados pelo esquema estavam líderes e integrantes da facção criminosa PCC, alguns já falecidos, outros procurados, como Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, e Silvio Luiz Ferreira, apelidado de “Cebola”.
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