Bolsonaro reúne bancada do PL para reforçar voto em Motta e Alcolumbre

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu a bancada do PL (Partido Liberal) na manhã deste sábado (1º/2) para reforçar que a sigla vote coesa em Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara dos Deputados, e no candidato Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no Senado Federal. O encontro da bancada com Bolsonaro foi na sede do partido em Brasília (DF).

O objetivo do encontro foi evitar que o PL possa ser “culpado” no caso de Motta ou Alcolumbre terem menos votos do que é esperado. A votação na Câmara e no Senado é secreta, portanto, não tem como saber qual foi o partido que registrou mais traições, e o receio do PL é que por ser a maior sigla de oposição, o ônus recaia sobre eles. A preocupação maior é com a Câmara.

Entenda o contexto da reunião

  • Atualmente, o PL tem 92 deputados e é a maior bancada da Câmara.
  • A preocupação da cúpula do partido é, principalmente, com os deputados, uma vez que muitos estão em primeiro mandato e são mais suscetíveis a pressão das redes sociais bolsonaristas.
  • As redes bolsonaristas fazem críticas ao apoio do PL a Motta e Alcolumbre. Alguns perfis falam que a direita deveria se unir em torno da candidatura avulsa do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), por exemplo.
  • O Novo tem só 4 deputados e caso Marcel tenha uma votação maior, recairá sobre o PL a desconfiança de que membros da sigla deixaram de votar em Motta e traíram o partido.

A avaliação feita pelo futuro líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), é de que se houver votos expressivos em Marcel, por exemplo, o PL pode sofrer consequências na hora de negociar outros espaços dentro da Câmara, como o comando das comissões.

A preocupação é tamanha que Sóstenes procurou Motta para falar que está reforçando com a bancada a todo momento que o partido tem que votar em Motta.

Segundo Sóstenes, o ex-presidente reforçou, no encontro com parlamentares, que apesar da pressão das redes bolsonaristas, é preciso seguir o posicionamento fechado pelo partido em apoio a Motta e Alcolumbre.

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