O que a ritalina faz com o cérebro?

Muitos pacientes se perguntam o que a ritalina faz com o cérebro, já que é um medicamento tão utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Basicamente, aumenta a disponibilidade de neurotransmissores em regiões específicas. Confira tudo o que você precisa saber!

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O que é ritalina?

O princípio ativo da ritalina é o metilfenidato, uma substância psicoestimulante que atua no sistema nervoso central. Segundo nota do Ministério da Saúde, esse efeito acontece devido a uma inibição da recaptação de dopamina no estriado, sem disparar a liberação de dopamina.

Sua forma de apresentação é em comprimido de 10mg, cápsula de 20mg, 30mg e 40mg, e comprimido revestido de liberação prolongada de 18mg, 36mg e 54mg.


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Para que serve a ritalina?

A principal indicação da ritalina é o tratamento do TDAH, um transtorno neuropsiquiátrico caracterizado por sintomas como desatenção, impulsividade e hiperatividade.

Além disso, o medicamento também pode ser utilizado para tratar a narcolepsia, um distúrbio do sono que causa sonolência excessiva diurna.

O remédio conta com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o TDAH em pacientes a partir dos seis anos.

Qual o efeito da ritalina no cérebro?

Ritalina age nos neurotransmissores, a química do cérebro (Imagem: Buddhi Kumar Shrestha/Unsplash)

No caso do TDAH, o metilfenidato ajuda a regular os níveis de dopamina no cérebro, substância fundamental para a atenção e o controle dos impulsos. Dessa forma, os pacientes consigam manter o foco por mais tempo e reduzam comportamentos impulsivos e hiperativos.

Neurotransmissores

As substâncias produzidas no cérebro integram um grupo chamado monoaminas, que atuam no corpo humano como neurotransmissores. Cada neurotransmissor possui uma função e uma localização específica, e todos eles trabalham em conjunto para gerar um bom resultado — como se fosse uma orquestra. 

Um artigo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) mostra que os alvos farmacológicos primários para o metilfenidato são o transportador de dopamina (DAT) e o transportador de norepinefrina (NET).

“O bloqueio desses transportadores de neurotransmissores resulta em menor recaptação pré-sináptica após a liberação e aumento das concentrações médias de neurotransmissores na fenda sináptica.”

A ritalina tem efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais da ritalina mais comumente relatados em crianças, adolescentes e adultos com TDAH tratados com MPH são diminuição do apetite e problemas de sono. Irritabilidade, náuseas, vômito, tontura e dor abdominal também são alguns dos efeitos mais relatados.

Vale notar, ainda, que o uso da ritalina é contraindicado em pacientes com diagnóstico ou antecedente de depressão grave, anorexia, tendências suicidas, sintomas psicóticos, transtorno grave de humor, esquizofrenia, psicopatia, transtorno de personalidade; distúrbio cardiovascular ou cerebrovascular pré-existente; glaucoma e hipertireoidismo.

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