Moradores relatam cobras e ratos em meio a alagamentos no Jd. Pantanal

São Paulo — Moradores do Jardim Pantanal relataram o surgimento de cobras e ratos em razão dos alagamentos formados pelas chuvas que atingem, há três dias, o bairro da zona leste de São Paulo.

Em entrevista ao Metrópoles, o padeiro William Silva Santos, de 33 anos, contou que moradores do bairro encontraram cobras, ratos e “esses bichos assim”, enquanto tentavam salvar alguns itens afetados pelas chuvas.

William ainda contou que até ouviu relatos de presença de jacarés, mas que não chegou a ver o réptil pela região

“O que mais eu fiquei com medo foi cobra, né”, confessou o padeiro.

 

A reportagem procurou a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de São Paulo a respeito da situação da região, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

Casas e objetos perdidos

Moradores contaram ao Metrópoles um pouco do drama que estão vivendo nos últimos dias. A moradora Regina Santos Viana relatou que precisou pedir ajudar do vizinho para abrigar o neto, de 9 meses:

“Na minha casa está tudo cheio [de água]. Perdi tudo o que você pode imaginar, geladeira, máquina de lavar, roupas. Meu guarda-roupas molhou todo, perdi tudo.”


O que dizem as autoridades

  • O prefeito Ricardo Nunes (MDB) contou aos jornalistas que “é mais fácil tirar as pessoas [da região]… aquelas pessoas vão ter que sair dali, não tem jeito. Vai ser isso. Está abaixo do nível do rio. É muito complicado”, complementou o prefeito da capital.
  • O vice-prefeito Ricardo de Mello Araújo (PL) também foi ao local nesta manhã (3/2) e recebeu vaias da população.

Protestos na rodovia Ayrton Senna

Um grupo com cerca de 60 moradores do Jardim Pantanal bloqueou a rodovia Ayrton Senna, na altura do km 25, sentido interior, em protesto contra as enchentes no início da tarde desta segunda-feira (3/1).

O bloqueio durou cerca de 30 minutos e foi dispersado pela Polícia Militar (PM) com bombas de efeito moral. O protesto teve reflexos na pista sentido São Paulo, que ficou engarrafada.

Questionada sobre o assunto, a concessionária Ecopistas que administra o trecho da rodovia onde ocorreu o protesto, não se pronunciou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

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